O homem cuida mais do corpo que do espírito, e no entanto aquele dura pouco e este é eterno. O ser humano viveria melhor, com mais saúde e mais sucesso nos negócios e nas profissões, se buscasse alcançar o mais elevado grau possível de espiritualidade.
Nos últimos tempos começaram a aparecer nos jornais, revistas e livros recomendações de monitores de treinamento profissional para a introdução da espiritualidade como ferramenta de trabalho (assim dizem) na área empresarial. É ainda uma metodologia para alcançar sucesso, mas tal resultará em abertura de portais para o efetivo avanço espiritual.
Espiritualidade não é o mesmo que religiosidade, porque esta se estriba em fundamentos religiosos. Mais que isso, espiritualidade é um elevado estado de consciência, que transcende o culto a um credo; é o alcance da plenitude do entendimento, que nos coloca em estado de comunhão com Deus.
Espiritualidade é descoberta. Como de alguém, perdido num nevoeiro, que nunca conheceu um campo aberto de claridade e nem sabia da existência dele, e de repente vê-se numa clareira. Então descobre que esse lugar existe, e prostra-se extático, em deslumbramento. Espiritualidade é um estado perene de êxtase.
A espiritualidade é encontrável em nosso interior, porque ali reside o mestre infalível, que é a porção divina de cada ser. Inútil procurá-la em outro lugar. Espiritualidade é um sublime sentimento de liberdade e de ingresso no portal do paraíso. Depois que se entra nesse estado de plenitude não há retrocesso.
Agora começam a aparecer os sinais de uma duradoura cultura espiritual, que se traduz por uma busca espontânea de nossa origem, do que somos, o que fazemos nesta dimensão terrena, a responsabilidade de nossa missão e o que nos aguarda nos amanhãs.
Tais respostas irão brotando em profusão, porque os horizontes da consciência vão se descortinando e o homem encontrará o caminho de sua reconexão com Deus - e este, cada um encontrará dentro de si mesmo.