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AS REVELAÇÕES DO DESERTO

19 jun 2013 às 11:57
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Está escrito que quando João Batista colocou as mãos sobre Jesus, no batismo, deixou perfeccionada em plenitude a alma humana do mestre nazareno. Foi então que Jesus ouviu a voz do Alto e teve a visão de si próprio como ser divino - uma visão de como e quem ele era antes de vir e como seria após o seu desenlace carnal. Era o momento em que ele se fusionava com a presença interna do Pai - uma sincronia perfeita entre a sua mente mortal e o espírito divino residente nele.
Então consciente de seu status majestático, Jesus subira ao monte Hermom, onde permaneceu 40 dias, em recolhimento espiritual. Ali, nem jejuou e nem foi tentado. Mas, absorto em sua meditação, nada comeu nos primeiros três dias, e então resistiu, sim, à tentação de usar seus poderes de "transformar pedras em pão". Também não é verdade que "então o diabo transportou-o até a Cidade Santa e colocou-o sobre o pináculo do templo". Ele não possuía tal poder sobre o divino rabi; e que reinos poderia dar-lhe?
O que aconteceu no monte do deserto foi que Jesus viveu um estado de arrebatamento. Ali ele viu que "a mente humana originava-se da divina mente criativa, e que esse poder era a própria fonte de toda a atividade inteligente do universo". Nesse estado de clarividência ele teve a visão da realidade do Reino, e tudo compreendeu. Ele revelou: "Fui elevado em consciência ao interior de uma luz dourada, e enquanto viajava para o alto dessa luz percebi que estava nos portais da dimensão infinita, que está além da concepção da mente humana. Essa luz se comunicava comigo e infundia-me com a forma de um brilhante amor. Isto gravou em mim que tal era o processo criativo, aperfeiçoador e curador e o amor que governa toda a existência. Eu tinha visto a realidade do Pai".
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