Certos sistemas de crença apequenam o homem ao situá-lo em condição de inferioridade ``diante de Deus´´, mas nem ele é inferior e nem está ``diante´´ do Criador, pela razão de que o compõe. É, portanto, parte integrante do organismo divino, da mesma forma que nossos membros físicos são inerentes ao corpo.
Não somos separados de Deus, porque ele reside em nós e nós residimos nele. ``Sois deuses´´, nos afirmava Jesus, referindo-se à nossa essência primordial, que é centelha divina. Proclamava a fraternidade universal, por isso (como ele diz) é nosso irmão mais velho. Porque todos somos expressão do mesmo e único Pai. Ele está em nosso ser e em todas as coisas imagináveis e inimagináveis do Universo.
Nossos coirmãos dos planos superiores (santos, arcanjos, a legião dos anjos e outros regentes galácticos e iluminados guias) velam por nós enquanto cumprimos nossos carmas ou voluntárias missões.
Questiona-se a aparente contradição entre o princípio do livre-arbítrio e a predeterminação. Esta foi traçada por nós antes de aqui aportarmos. Imaginemos uma viagem preestabelecida. Dentro da embarcação que nos conduz podemos fazer o que quisermos (este o livre-arbítrio), mas a embarcação seguirá inalteradamente a sua rota (este o destino).
A vontade de Deus é que façamos nossas vontades. Se queremos a paz, ele nos fornecerá os meios para o cultivo da paz; se queremos a guerra, igualmente nos municiará do arsenal para isso.
Se viver em estado de pobreza ou mendicância é desejo, missão ou circunstância de muitos, a missão dos demais é auxiliá-los nessa travessia.
Não podemos interferir arbitrariamente nas decisões alheias, mas é nosso dever ajudar cada um a que leve a bom termo a sua peregrinação por esta vida. Este é o sentido de nos amarmos uns aos outros, porque amor não é apenas sentimento, mas união e ajuda mútua. Sem solidariedade a vida não tem sentido. walmormacarinihotmail.com