A possibilidade de inclusão da tilápia na lista brasileira de espécies exóticas invasoras pela Conabio (Comissão Nacional de Biodiversidade), acendeu um intenso debate entre entidades produtoras e órgãos que estudam o peixe. Enquanto o setor produtivo teme a retração e o fim da atividade com a nova classificação, biólogos defendem a rotulação e apontam a necessidade de se estabelecer critérios mais rigorosos para a criação.
A tilápia não é uma espécie de peixe nativa do Brasil. Seu habitat natural é o continente africano, especialmente a bacia do Rio Nilo, local de origem da tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus), que foi introduzida no país entre as décadas de 1970 e 1980, começou a ser cultivada e hoje é líder absoluta da piscicultura brasileira.
Receba nossas notícias NO CELULAR
WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp.Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.
Resistente, adaptável e de fácil reprodução, a espécie permitiu que o Paraná se tornasse o maior produtor do Brasil, respondendo por 37% da produção nacional e por 25% da produção de peixes no geral. A produtividade de 50 mil kg por hectare em cada ciclo produtivo é a maior do mundo para tilápia, superando China e Egito, segundo a PeixeBR (Associação Brasileira de Psicultura).
No mercado internacional, a tilápia também representou 94% das exportações na piscicultura brasileira em 2024, totalizando US$ 55,6 milhões. Um crescimento de 138% em valor e 92% em volume em comparação com 2023, de acordo com dados da associação.
LEIA MAIS NA FOLHA DE LONDRINA