Dois secretários de Londrina que são servidores estaduais estão recebendo normalmente os vencimentos do governo do Estado. São eles o delegado da PCPR (Polícia Civil do Paraná), Leonardo Bueno Carneiro, que acumula as pastas de Gestão Pública e de Recursos Humanos; e a enfermeira Vivian Feijó, que desde março está à frente da Secretaria de Saúde e é um dos nomes de confiança do prefeito Tiago Amaral (PSD).
Como fazem parte do funcionalismo estadual, eles podem ser beneficiados pelo PL (Projeto de Lei) n° 52/2025, protocolado na CML (Câmara Municipal de Londrina) na semana passada para alterar o Estatuto dos Servidores de Londrina.
O Executivo quer permitir que servidores municipais, estaduais e federais cedidos à Prefeitura para cargos em comissão recebam o salário original, que pode ser bancado pelo cedente ou pela administração, e uma gratificação de até 90% da remuneração do cargo. Não há previsão de quando o PL será votado e, nos corredores da Câmara, comenta-se a possibilidade de o texto tramitar em regime de urgência.
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Mas, na prática, ao menos no caso do secretário municipal de Gestão Pública, que integra a Prefeitura desde o primeiro dia, isso já está acontecendo.
Segundo o Portal da Transparência, ele recebeu líquido do município R$ 11,3 mil do salário de janeiro e R$ 3,5 mil, de fevereiro - o bruto é de pouco mais de R$ 15 mil, 70% do subsídio de secretário. Ao mesmo tempo, recebeu do governo do Estado R$ 21,2 mil de janeiro, R$ 19,6 mil, de fevereiro e R$ 20,4 mil, de março. O último pagamento, referente ao mês de março, ainda não está atualizado no site da Prefeitura, mas não deve haver mudança.
Questionada pela reportagem, a PCPR ressaltou que o afastamento de servidores para ocupação de cargos políticos é previsto em lei. Mas frisou que a Prefeitura de Londrina deverá bancar o ônus da cessão do delegado.

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