Londrina

Endividamento das famílias diminui em novembro em Londrina

08 dez 2025 às 12:28

Os índices do SPC/Acil (Serviço de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Industrial de Londrina) referentes ao mês de novembro mostram uma continuidade do cenário registrado em outubro, com queda de 36,3% entre os consumidores que deixaram de pagar as dívidas em dia, entrando para a inadimplência, na comparação com novembro de 2024. No acumulado de janeiro a novembro de 2025, as inclusões recuaram 26,9% frente ao mesmo período do ano passado.

 

“Esse comportamento indica que as famílias seguem mais prudentes na tomada de crédito, em um contexto ainda marcado por juros elevados, maior rigor na concessão de financiamentos e menor uso do parcelamento nas compras, sobretudo no varejo de bens duráveis”, comenta Marcos Rambalducci, consultor econômico da ACIL. 


Regularização

Por outro lado, os consumidores que conseguiram regularizar suas dívidas e deixaram o cadastro de negativados apresentaram queda de 48,6%, na comparação com novembro de 2024. No acumulado de janeiro a novembro, as exclusões também recuaram 21,4% em relação a 2024, indicando ritmo menor de recuperação de crédito.


“Outro dado relevante diz respeito às consultas ao sistema de proteção ao crédito realizadas pelos lojistas, já que, em geral, quanto mais consultas, maior tende a ser a intenção de vendas a prazo. Esse indicador apresentou recuo de 12,3% em novembro de 2025, na comparação com novembro de 2024. Contudo, no mesmo período, os lojistas registraram aumento nas vendas, o que sugere que uma parcela maior das transações vem sendo realizada por meio de canais on-line”, acrescenta Rambalducci. 


Mudança de comportamento

Os dados do SPC/ACIL referentes a novembro mostram que há um rearranjo nas finanças das famílias. “Diminuiu o número de consumidores que ficaram inadimplentes, mas também foi reduzido o contingente de pessoas que conseguiram regularizar suas dívidas. Esse quadro sugere um momento de acomodação, em que os lares tentam ganhar fôlego e organizar as contas em meio a uma renda ainda comprimida e a um acesso ao crédito mais criterioso por parte do mercado”, conclui o economista.


Continue lendo