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diversidade e inclusão

Parada LGTBQIA+ e luta contra feminicídio levam manifestantes às ruas de Londrina

Guto Rocha - Redação Bonde
07 dez 2025 às 20:26

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Foto: Guto Rocha
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 As cores do arco-íris voltaram a colorir  as ruas centrais de Londrina com  a  7ª Parada Cultural LGBTQIA+ de Londrina, que aconteceu neste domingo (7) no formato de passeata.  O evento ganhou ainda outro significado nesta edição ao se unir à manifestação do Néias - Observatório de Feminicídios de Londrina na luta pelo fim da violência contra a mulher e o feminicídio.  


A manifestação teve início no Calçadão de Londrina, próximo ao chafariz, onde uma grande multidão se concentrou junto ao um trio elétrico, de onde vários representantes de diferentes movimentos sociais discursaram sobre a importância da inclusão, da diversidade e do respeito às mulheres.  Após os discursos e algumas apresentações culturais, os manifestantes saíram em passeata, seguindo o trio elétrico, até a rotatória das avenidas Higienópolis e Juscelino Kubitscheck, onde permanceram até às 18 horas.

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O presidentes da ONG D.O.C.Ê.,  Guilherme Pinho, que juntamente da Produtora Flapt!, é responsável pela organização da manifestação,  afirma que o retorno da Parada às ruas após dois anos sendo realizada no Buracão (Centro Social Urbano),  reforça ainda mais o tema do evento neste ano: "A Diversidade faz a Cidade".    Ele ressaltou as dificuldades que os organizadores tiveram para realizar esta parada.  "Desafio e luta resumem tanto a trajetória LGBTQIA+, quanto para colocar um evento desse tamanho e importância em uma cidade como Londrina. Foram momentos de muita negociação, muita disputa política. Mas a gente, com a Constituição debaixo do braço e entendendo nossos direitos, garantimos esse evento na rua para todos", destaca.


Foto: Rosália Lopes/Divulgação


A parada era para ter sido realizada no final de semana anterior, no Buracão, mas por uma série de impasses com órgãos de segurança, acabou sendo adiada e transferida para este domingo"Conseguimos superar algumas dificuldades que estávamos tendo em relação às tratatIvas públicas, documentação e omissões de informações e o tempo curto. Mas conseguimos realizar essa manifestação política, essa reunião de pessoas e cumprir nossa missão de garantir visibilidade para nossa comunidade e finalizar o ano com muita diversidade e alegria", comenta Pinho. 

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Luta contra feminicídios


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O presidente da ONG afirma ainda que a união da parada com a luta das mulheres foi bastante oportuna, pois são lutas semelhantes. "A gente sabe que a misoginia e a homofobia são filhos e filhas do mesmo lugar de violência. Desse patriarcado, do machismo. Então, não só aqui na Parada de Londrina, mas como outras paradas que estão acontecendo neste domingo no Brasil também se juntaram ao movimento feminista e estão fazendo um grande ato unificado, para dar potência tanto pra nossa voz quanto pra essa denúncia que tá rolando agora sobre feminicídio no Brasil", diz. 


Segundo a representante do Néias - Observatório de Feminicídios de Londrina  e da Frente Feminista de Londrina, Meire Moreno, o dia 7 de dezembro foi escolhido pelo Levante Nacional pela Vida das Mulheres como data de luta pelo fim do feminicídio no Brasil. Ela destacou que os casos de feminicídios têm crescido muito nos últimos meses, e que só em outubro deste ano, foram mais de 552 feminicídios tentados e consumados. "Embora o feminicídio seja um crime evitável, que quando ele acontece é porque o Estado e a sociedade falharam.  Nós promovemos esse encontro entre o movimento LGBTQIA+ e o movimento feminista  local para gritar pelo fim dos feminicídios e pela vida das mulheres", afirma. 

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Festa política

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Para a drag queen Morgana Moon, que apresentou sua performace no trio elétrico da Parada, o retorno do evento às ruas deu uma dimensão mais política ao encontro. "As dificuldades que enfrentamos para estar aqui neste domingo mostram que às vezes tem que haver coisas ruins para  que as boas aconteçam. A Parada aqui na rua está linda, muito especial. Bem melhor que lá no buracão. E assim nos sentimos pertencentes à sociedade. Diferente do Buracão,  aqui estamos sendo vistos por quem passa nas ruas, somos ouvidos por todos", argumenta. 

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O casal de professores Helenice Morais e Fábio Vinícius Gôngora diz que  participa da Parada LGTBQIA+ já há algumas edições. "A gente vem para dar uma força mesmo. Pois acompanhamos toda a dificuldade que os organizadores enfrentam para realizar o evento neste ano.  E também tem o problema com a proibição que tentaram impor à participação das crianças.  Por isso resolvemos também trazer nossos filhos novamente para mostrar que o movimento LGBTQIA+ é  legítimo e precisa de apoio", comenta  Gôngora.  


Foto: Guto Rocha


Helenice afirma que sempre procura envolver os filhos em movimentos que combatem discriminações, como  homofobia e racismo, e acredita ser importante a presença deles na Parada. "É um evento alegre e penso que as crianças devem conviver com todo tipo de diversidade e que assim vejam que isso faz parte delas também, que precisam se integrar", comenta. 

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Um grupo da igreja evangélica Cidade de Refúgio, de Londrina, também compareceu à Parada para aproveitar a reunião de milhares de pessoas e levar a palavra de Deus aos participantes.  A vendedora Maira Farias, que é líder do Ministério de Missões e Evangelismo da igreja, afirma que todos os anos o grupo participa do evento.  "A gente vem mostrar que uma comunidade diversa que faz a cidade, que é feita de pessoas. E precisamos ocupar todos os lugares. A Parada é um ato político em que as pessoas se reúnem para mostrar que a cidade também é nossa. É importante que tem outras pessoas que têm vivido essa luta em favor de todos, independentemente de religião, raça, cor", analisa. 


Foto: Guto Rocha


Saúde em dia


A Secretaria Municipal de Saúde aproveitou a grande concentração de pessoas no calçadão para levar o serviço de testagem de  IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) gratuito.  Segundo a assessora do gabinete da Secretaria, Renata Morais Alves, em 2024 Londrina foi uma das cidades com maior número de óbitos por HIV, e que com esse aumentos dos casos, o órgão passou a levar a testagem para as ruas.  "Às vezes a pessoa não tem tempo ou mesmo tem vergonha de fazer o teste perto de uma unidade de saúde perto de sua casa. E na rua se sentem mais confortáveis", explica.


Renata salienta no entanto que hoje já não há mais o conceito de grupo de risco, mas sim de comportamento de riscos. "Todos estão expostos. Nós temos idosos com sífilis e HIV positivo, nessas testagens que nós fizemos esse ano nas ruas", exemplifica. A assessora da Secretaria diz que  enquanto a Parada esteve no calçadão, foram realizados testes em mais de 60 pessoas. "Só aqui  (na Parada) tivemos dois HIVs positivos e seis sífilis positivos. São números significativos", destaca.  

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Foto: Guto Rocha

O produtor de audiovisual Renan Alves Costa, que estava todo produzido para participar da Parada, aproveitou o serviço oferecido pela Secretaria Municipal de Saúde para colocar os exames em dia. "É importante fazer o teste periodicamente. Antes eu tinha uma vida sexual mais ativa e me testava mais frequentemente. Mas como é difícil ir até a unidade de saúde, resolvi aproveitar a Parada para testar. Mas é importante não esquecer  que sexo tem que ser feito com proteção", afirma. 


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