Ghostbusters: Apocalipse de Gelo (2024) é uma tentativa de reavivar a franquia clássica, porém, como uma montanha-russa, apresenta altos e baixos. A diferença é que na montanha-russa de verdade dá pra sentir alguma emoção. O filme anterior, de 2021 trouxe uma abordagem fresca e cativante, introduzindo novos personagens e respeitando o legado dos originais, já esse parece ter se esquecido dos problemas resolvidos anteriormente, repetindo uma fórmula já aplicada, sem coragem de inovar.
A trama de Apocalipse de Gelo gira em torno da família Spengler, que retorna à icônica estação de bombeiros em Nova York para enfrentar uma nova ameaça sobrenatural. Mckenna Grace se destaca como Phoebe, a protagonista do filme, cujo arco narrativo traz uma leve profundidade à história. Sua jornada de auto-descoberta e amadurecimento é o coração do filme.
No entanto, a presença dos Caça-Fantasmas originais acaba ofuscando o desenvolvimento dos novos protagonistas. Embora seja emocionante ver Bill Murray, Dan Aykroyd e Ernie Hudson de volta aos seus papéis icônicos, sua inclusão excessiva acaba desviando o foco dos personagens mais jovens. Personagens como Trevor (Finn Wolfhard), Gary (Paul Rudd) e Callie (Carrie Coon) não recebem o mesmo desenvolvimento e profundidade que Phoebe, tornando-se totalmente secundários em sua própria história.
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Além disso, o filme sofre com uma quantidade desnecessária de personagens e tramas paralelas, que prejudicam o ritmo geral da narrativa. A tentativa de equilibrar a nostalgia com a introdução de novos elementos resulta em uma experiência cinematográfica desigual. O destaque negativo fica pro personagem chatíssimo interpretado por Kumail Nanjiani, que ganha uma importância desnecessária e ajuda ainda mais a esvaziar tudo.
Apesar de suas falhas, Ghostbusters: Apocalipse de Gelo ainda oferece momentos divertidos para os fãs da franquia. A ação é grandiosa, especialmente nas cenas que envolvem a cidade de Nova York, e a química entre os membros da equipe é palpável. No entanto, o filme não consegue atingir o mesmo nível de excelência de seu antecessor, deixando os espectadores com a sensação de que poderia ter sido muito melhor executado.