Denis Villeneuve é conhecido por sua habilidade em dirigir filmes visualmente impressionantes e narrativas envolventes, como “Blade Runner 2049” e “A Chegada”. Muitos fãs tinham grandes expectativas para sua interpretação de “Duna”, especialmente considerando o elenco estelar e a promessa de uma produção de alta qualidade. Após o lançamento da primeira parte, a régua aumentou ainda mais na espera pela continuação de uma obra considerada inadaptável, principalmente por conta dos novos personagens da trama, como Feyd-Rautha, a princesa Irulan e o Imperador. (Qualquer semelhança com Star Wars não é mera coincidência)
A jornada de Paul Atreides continua exatamente de onde parou no primeiro filme. Ele se une à Chani e aos Fremen em uma guerra de vingança contra os Harkonnen, que destruíram cruelmente sua família. Diante de uma escolha entre o amor de sua vida e o destino do universo, Paul tenta decifrar como viver um futuro terrível que consegue prever.
Destaque para as atuações de Austin Butler e Rebecca Ferguson, que em vários momentos se utilizam de sutilezas para expressar seus personagens. O filme, inclusive, equilibra muito bem detalhes e sutilezas com grandes cenas de ação, o que o torna mais apressado em relação ao primeiro. Atuações mais diretas como a de Javier Bardem, que traz até alívios cômicos em momentos de seriedade com o fanatismo de Stilgar, e Dave Bautista, com toda a fúria de Rabban, também são louváveis.
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Visual e trilha - ou ausência dela, em momentos cirúrgicos - estão impecáveis, fazendo com que os dois filmes, que agora podem ser vistos como um só, já façam parte das obras clássicas e essenciais da sétima arte. Ninguém melhor para adaptar a obra de Frank Herbert do que Villeneuve, que se prova cada vez mais o grande messias quando se trata de adaptações de sci-fi atualmente.
O filme estreia em todo território nacional hoje, 29 de fevereiro.
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Crítica por: Giovanni Christian Fulgêncio