O uso de complexo B não tem efeito comprovado na prevenção a picadas de insetos. Acreditava-se que a ingestão desta vitamina poderia eliminar, por meio da transpiração, substâncias que poderiam repelir insetos. Porém, este efeito não foi confirmado por meio de estudos científicos.
Podemos considerar como repelente todo método que afaste insetos e evite suas picadas. Assim, há repelentes físicos (telas, mosquiteiros, aparelhos eletrônicos) e químicos (ambientais ou de uso tópico).
Os mais utilizados em nosso meio são os repelentes químicos, principalmente os que contêm a substância dietiltoluamida (DEET). Agem a partir da formação de uma camada de vapor com odor ofensivo aos insetos; podem ser encontrados na forma de aerossol, gel e loção, com boa eficácia e pequeno risco de reações alérgicas, porém com efeito temporário, devendo ser reaplicados com frequência para manter seu efeito.
Outros repelentes de uso local são os compostos naturais, baseados em essências de ervas, frutas cítricas, óleo de citronela, óleo de coco, óleo de soja, eucalipto, cedro, gerânio, hortelã e melissa, que apresentam razoável proteção, porém ainda sem estudos confiáveis que comprovem seus efeitos.
Os repelentes ambientais (velas, incensos e aromatizadores) não oferecem proteção tão eficiente quanto os repelentes químicos, já que sua concentração tende a diminuir rapidamente em ambientes abertos e dificilmente protegem áreas grandes.
Os repelentes químicos ambientais são os dispositivos térmicos ligados à corrente elétrica que exalam veneno e os inseticidas borrifados como aerossóis. São repelentes de eficácia reduzida, porém sua potência pode ser aumentada se atingir altas concentrações em ambientes pequenos e quando ligados por algumas horas, sendo úteis na prevenção da invasão domiciliar.
Andrei Bungart Nonino, dermatologista