No mês em que se celebra o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, as informações que são disseminadas focam no tratamento e nos aspectos que auxiliam a prevenir a doença. Porém, o ambiente familiar também exerce grande influência na qualidade de vida do portador de Alzheimer. Desta forma, é vital criar e melhorar maneiras para tornar a convivência mais harmoniosa.
O Neurologista do Hospital Santa Catarina, doutor Maurício Hoshino, afirma que o Alzheimer é responsável por mais de 70% do total de pessoas com algum tipo de demência no mundo e, embora pessoas acima dos 50 anos precisem redobrar a atenção com os sintomas da doença, a faixa etária que mais sofre da doença é de 60 a 70 anos. A médica Geriatra do Hospital Santa Catarina, Márcia Kimura Oka, elenca cinco formas que auxiliam a família do paciente nesta importante missão:
Diálogo permanente
Embora pareça simples, o ato de manter com frequência o diálogo com o paciente auxilia muito no tratamento. Manter o contato visual sempre para ampliar a atenção do portador da doença e optar nas conversas por temas mais simples e não questões complexas são dicas que fazem grande diferença;
Eleja um cuidador/familiar
Que pode ser rotativo: o fato de escolher um familiar para ser o principal contato do portador da doença também traz benefícios. Vale alertar que o ato jamais deve ser confundido como uma espécie de 'folga' aos demais familiares. Isso não existe. Intensificar o diálogo e manter bastante contato, inclusive em eventuais passeios, são algumas ações que podem ser feitas;
Lidar com a doença
Compreensão mais lenta e repetição de informações/diálogos são atos que, algumas vezes, estressam as pessoas ao redor do paciente com Alzheimer. Por isso, entender suas limitações e manter a paciência, independente das situações, são aspectos muito importantes para o familiar do portador da doença;
Atividade física traz estímulo cognitivo
Caminhada diária na companhia de um familiar ou exercícios leves com acompanhamento de um profissional, e somente após orientação médica, são atos simples de serem executados em alguns casos e, além de auxiliarem no tratamento da doença, servem para que o portador da doença e seu acompanhante distraiam os pensamentos e 'fujam' momentaneamente do ambiente familiar/caseiro.
Adaptar a casa em casos especiais
Embora esse tema seja direcionado aos casos mais graves, é importante, principalmente no caso da terceira idade, evitar 'armadilhas' como tapetes e janelas desprotegidas (para evitar quedas). Outra dica valiosa é instalar corrimão de apoio no banheiro e, principalmente, nas escadas.