As formas mais comuns de contaminação pelo vírus da hepatite C são a manipulação de material contaminado que corte ou fure a pele - como lâminas, bisturis e agulhas - e o uso de drogas com seringas compartilhadas. O hábito de fazer as unhas é um dos exemplos deste risco. Embora praticamente todos os salões de beleza trabalhem com materiais esterilizados, muitas vezes a forma de disposição dos materiais nas estufas resulta em uma esterilização incorreta.
Somente em 2006, o Ministério da Saúde registrou mais de 3 mil novos casos de mulheres contaminadas por esta forma da doença. Algumas delas podem ter sido infectadas por meio de alicates durante visitas à manicure. Neste caso, a melhor dica para não se expor ao risco é que as mulheres tenham seu próprio kit manicure.
Quanto ao tratamento, diagnóstico precoce e assistência médica adequada são fatores primordiais. Cerca de 20% das pessoas infectadas eliminam o vírus da hepatite C espontaneamente. Dos 80% restantes, quase dois terços, quando tratados corretamente, são curados.
Rafael Sani Simões, infectologista e especialista em doenças infecciosas e parasitárias.