Em geral, quando falamos de gastrite, as pessoas costumam usar o termo para se referir apenas a algumas dores e desconfortos no estômago. Para o médico, no entanto, a história não é tão simples assim. Essa é uma doença inflamatória importante da mucosa gástrica, que pode ocorrer com ou sem sintomas.
A gastrite pode ser aguda ou crônica. A primeira aparece de repente, evolui rapidamente e está relacionada a uma causa específica. Neste caso, os sintomas são mais fortes, por isso, o diagnóstico pode ser feito com facilidade em cima do relato do paciente e do histórico de saúde.
As principais causas da gastrite aguda são o uso frequente de anti-inflamatórios não-esteróides, aspirinas, álcool, ingestão de alimentos infectados e até estresse. A pessoa sente dor no estômago, azia, enjoos e vômitos que, em casos mais graves, pode ter sangramento, assim como nas fezes.
A versão crônica da doença, por vezes, pode não apresentar nenhum sintoma, logo seu diagnóstico depende de exames específicos. O principal é a endoscopia, que possibilita ver o estado da mucosa, junto com a análise microscópica de fragmentos do tecido retirados durante o exame.
Esse tipo de gastrite pode estar associado à infecção pela bactéria H. pylori, a mesma responsável pelas úlceras.
O refluxo da bile do duodeno para o estômago também pode originar a inflamação.
Carlos A. Sabbag - cirurgião do aparelho digestivo (Curitiba)