Desenvolvido por Fujita na década de 1970, no Japão, teve seu uso aumentado durante os anos 1980 e junto com o aumento da demanda por este tipo de aparelho vieram as desvantagens, pois nem todos os casos podem ser tratados, e aqueles mal selecionados não tiveram um bom resultado.
Atualmente novo interesse pela técnica vem sendo encarada com mais cautela pelos profissionais, já que as dificuldades técnicas tanto na montagem do aparelho quanto na sua ativação exigem um treinamento específico do profissional e a correta seleção do caso, além de um custo mais elevado deste tipo de aparelho.
Portanto, apesar de ser o aparelho mais estético possível, acredito que o custo mais elevado do tratamento, o maior tempo de cadeira para ativação do aparelho, a dificuldade ergonômica de acesso para ativação e riscos maiores para os pacientes quando da queda de algum acessório e a sua limitação para uso em alguns casos fazem da técnica lingual uma ferramenta útil em alguns casos. No entanto, não substitui o tratamento ortodôntico convencional, que pode ser usado em todos os casos.
Enfim, existem outras opções de tratamento com aparelhos que quase não aparecem, entre eles os bráquetes transparentes cerâmicos, que estão cada vez mais avançados tecnicamente, os aparelhos móveis e mais recentemente o tratamento feito por uma sequência de moldeiras individuais transparentes chamada de invisaline, mas que também requer seleção criteriosa dos casos.
Célio Jesus Borghi da Fonseca, ortodontista e ortopedista facial