Quanto mais industrializado o produto, mais aditivos químicos ele terá. Segundo a Anvisa, o uso desses produtos químicos deve ser discriminado nas embalagens dos alimentos. Os produtos químicos encontrados com maior frequência nos alimentos industrializados são: corantes (colorem o alimento), conservantes (evitam a ação dos micro-organismos que agem na deterioração dos alimentos, fazendo com que durem mais tempo sem estragar), emulsificantes (proporcionam consistência e textura melhores ao alimento), edulcorantes (adoçantes artificiais), aromatizantes (proporcionam cheiro e gosto ao alimento), acidulantes (modifica a doçura do açúcar, além de conseguir imitar o sabor de certas frutas e dar um sabor ácido ou agridoce nas bebidas), estabilizantes (mantêm a aparência dos produtos, tendo como principal função estabilizar as proteínas dos alimentos).
Há públicos que são mais vulneráveis ao consumo dos aditivos. É o caso de gestantes, idosos, pessoas que têm alimentação pouco variada e, principalmente, crianças menores de três anos. Entre os males relacionados ao consumo frequente estão alergia, hiperatividade, obesidade infantil, cáries, comprometimento no crescimento e desenvolvimento, câncer e doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, que também podem não aparecer na infância, mas serão agravados em fase adulta.
Na saúde infantil, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e a Organização Mundial de Saúde recomendam que não sejam utilizados aditivos em produtos alimentares destinados a crianças menores de um ano. Apesar disso, há vários produtos no mercado para crianças nessa faixa etária que contêm aditivos, como iogurtes, gelatinas, refrigerantes e sucos artificiais, biscoitos e bolachas, balas, dentre outros que são consumidos pelas crianças.
Kelly Franco , nutricionista (Londrina)