A gengivite, aparentemente inofensiva, pode levar à perda dos dentes. Trata-se de uma doença periodontal caracterizada pela inflamação da gengiva, causada na maioria das vezes por toxinas liberadas de placas bacterianas, que não são removidas corretamente durante a escovação e endurecem, formando cálculos dentais. Esta inflamação é caracterizada por aparências de vermelhidão, inchaço e sangramento.
Para combatê-la, existem duas formas de tratamento: o preventivo e o corretivo. Para prevenir a doença, é de fundamental importância a higiene bucal diária, que deve ser feita de forma regular e habitual. Para tanto, é preciso manter a escovação e o uso regular do fio dental após as refeições e principalmente antes de dormir.
Uma alimentação adequada rica em vitaminas para manter a imunidade elevada também colabora. Além destes cuidados é muito eficiente na prevenção a limpeza feita no consultório odontológico regularmente.
Entretanto, se a doença já está instalada, é preciso retomar a saúde bucal, o que é possível por meio da ajuda de um profissional, que irá tomar as providências necessárias, removendo os elementos irritantes, a placa bacteriana e os cálculos.
Este procedimento poderá ser realizado com o aparelho de ultra-som ou por instrumentos manuais, ou ainda de forma associada. É muito importante a intervenção nesta fase da doença em que ainda é reversível, vez que a gengivite, se não tratada, poderá evoluir para a periodontite, ocasião em que a placa bacteriana e os cálculos começarão a destruir as fibras periodontais e o osso alveolar, que sustentam os dentes.
Assim, a periodontite é a etapa mais avançada na qual ocorre perda do osso e de outras estruturas que suportam os dentes, produzindo sensibilidade, supuração, sangramento, retração da gengiva, mobilidade e finalmente a perda dos dentes.
É importante o tratamento na fase inicial, quando ainda é possível reverter o quadro, restabelecendo a saúde bucal e evitando as conseqüências de extrema gravidade.
Isis Marcelle Kurahashi, cirurgiã dentista