O infarto agudo do miocárdio é uma situação de extrema gravidade, onde o risco de morte é muito alto. Quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento forem realizados, maiores são as chances de recuperação. É uma doença mais freqüente nas pessoas acima de 40 anos, fumantes, hipertensas, diabéticas, dislipidêmicas (quando há alterações nos níveis de colesterol e triglicerídeos), obesas, sedentárias, estressadas e com histórico familiar.
O sintoma mais característico é a dor opressiva na região torácica anterior, de forte intensidade, muitas vezes com irradiação para mandíbula e membros superiores, acompanhados de palidez, sudorese fria, falta de ar, tonturas, náuseas e vômitos. Apesar da dor ser o sintoma mais importante, ele pode estar ausente em alguns indivíduos, principalmente nos diabéticos e idosos. Portanto, devemos estar atentos aos demais sinais e sintomas.
A primeira medida a ser tomada nos casos suspeitos é conduzir a vítima ao hospital o mais rápido possível, onde serão realizados exames detalhados para confirmar o diagnóstico e planejar o tratamento. É importante salientar que a pessoa deve permanecer em repouso absoluto e em jejum (pode haver necessidade de cateterismo ou cirurgia cardíaca de urgência).
Não perca tempo administrando analgésicos ou outras substâncias para observar se os sintomas melhoram. O único medicamento que pode ser administrado quando disponível é o Ácido Acetil Salicílico na dose de 200 a 300 miligramas. Lembre-se sempre que o fator tempo é primordial para minimizar as conseqüências do infarto agudo do miocárdio.
Sérgio Hayashi, cardiologista