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Quais são as principais proteínas da dieta vegana?

22 abr 2016 às 16:40

Cada vez mais a dieta vegana está em pauta. Celebridades já se renderam ao estilo de alimentação que não usa nenhum alimento de origem animal, apenas vegetal. Se está querendo aderir à dieta vegana esqueça carnes vermelhas, frango, ovos, leite, queijos e até roupas de couro e pele de animais.

Mas uma nova questão entra em vigor quando falamos de restrição destes alimentos: como repor as proteínas do corpo?


"Todo indivíduo vegano necessita de uma atenção extra sobre a ingestão de proteínas , principalmente os praticantes de atividades físicas (fitness), que tem como objetivo o ganho de massa muscular. Nutricionalmente, é importante variar a alimentação ao máximo para que a ingestão de aminoácidos seja completa", afirma a nutricionista Andréa Marim ao site Caras.


Para quem segue este tipo de alimentação, a expert afirma que 2 tipos de preoteinas são as mais completas.


"Atualmente descobriu-se que podemos obter aminoácidos essenciais não somente nas fontes animais mas também através de fontes vegetais como a quinoa real, que é um cereal oriundo da Cordilheira dos Andes, considerado fonte protéica de boa qualidade nutricional muito rica em aminoácidos essenciais, por esse motivo os veganos devem ingerir bastante quinoa. Além disso, tem a proteína da soja, com valor próximo ao das proteínas animais. Tofu e leite de soja, por exemplo, podem trazer estes benefícios", afirma a expert.


Confira outros alimentos ricos em proteína para você que não come fontes animais.


Cogumelos: A variedade deles atende a todos os gostos: paris, shitake, shimeji, funghi... Para entender melhor o poder deles, a nutróloga Tamara Mazaracki faz uma revelação: 100 gramas de cogumelo pronto (já sem a água) tem a mesma quantidade de proteína que um pedaço de 100 gramas de carne vermelha. "Qualquer tipo de cogumelo pode ser consumido de duas a três vezes por semana, pois, além das proteínas, também contém nutrientes que estimulam o desenvolvimento do sistema imunológico", explica Tamara. Mas evite consumi-los regados no molho shoyo, que é rico em sódio, um mineral que pode provocar retenção de líquido e ainda favorecer a hipertensão.


Grãos: O Ministério da Saúde recomenda o consumo de cerca de 100 gramas de carne por dia. A quantidade é pequena, considerando o hábito dos brasileiros, que costumam ser fãs do alimento. Por isso, na hora de substituir a carne, consumir grãos de vários tipos ajuda a sustentar uma alimentação rica em proteínas. "Arroz e feijão, por exemplo, é uma ótima combinação proteica, mas também dá para variar o cardápio com lentilhas, ervilhas, milho e muitos outros", enumera a nutróloga Tamara Mazaracki.


Além de deixar o prato mais gostoso e rico em proteínas, os grãos são ricos em fibras, o que melhora a digestão, e também despertam a saciedade, o que fará você comer menos em uma refeição. Com essa variedade, também é mais fácil suprir, além da proteína, outros aminoácidos essenciais que o corpo não produz.


Quinua: Entre os grãos, a quinua merece destaque. Com altíssimo teor de proteína, ela é também muito versátil: pode ser consumida em flocos no suco ou no iogurte e a semente pode ser cozida e consumida em substituição ao arroz ou até mesmo complementando outros grãos. "Uma boa dica são as massas à base de quinua: diferente das feitas de trigo, são também muito gostosas e uma forma inteligente de variar o cardápio", indica a nutricionista Tamara Mazaracki. Outra notícia interessante é que o grão não possui contraindicações, então pode ser consumida por qualquer pessoa.

Soja e edamame:
Quando o assunto é vegetarianismo, é quase impossível não se lembrar da soja. Muitas vezes usada como um simulador da carne, ela pode aparecer em diferentes formatos. Mas o recomendado é consumi-la apenas uma vez por semana. A soja deve ser deixada de molho um dia antes do consumo, e bem cozida, assim são preservados seus nutrientes e as proteínas. "Por ser muito rica em isoflavona, hormônio que é semelhante ao estrogênio, ela não precisa ser consumida em grandes quantidades a não ser por mulheres na menopausa", explica a nutróloga Tamara Mazaracki. Como este é um hormônio feminino, o consumo excessivo (comer mais de uma porção por dia) pode estimular as características femininas nas crianças e homens.


Se a soja deve ser consumida com moderação, o mesmo não se pode dizer sobre o seu broto. O edamame (a soja em sua forma mais 'jovem') é rico em proteína e minerais e tem pouca isoflavona. Segundo a nutróloga, "este é o melhor de todos os brotos, e sua vagem pode ser consumida várias vezes por semana". Ele preserva os nutrientes tanto crua quanto no vapor. O interessante é que fique um pouco crocante, para que seus nutrientes e a proteína sejam preservados.


Brotos: Não faltam opções entre os brotos: girassol, alfafa e feijão estão entre eles. "O broto é um alimento jovem, cheio de energia vital, e faz muito bem em qualquer tipo de dieta", revela a especialista Tamara Mazaracki. Porém, é importante saber que ele sempre deve ser consumido cru, porque algumas vitaminas são desnaturadas durante o cozimento. Eles podem ser consumidos em saladas e sanduíches com outros ingredientes saudáveis. Que tal combinar com queijo branco e pedaços de ovo cozido, por exemplo?


Não importa o tipo do broto; todos são repletos de vitaminas do complexo B, importante para metabolizar carboidratos e gorduras, fortalecer o sistema nervoso e ajudar na produção de sangue. "A clorofila presente nos brotos também é ótima, porque é cheia de magnésio e tem ação antioxidante que ajuda a desintoxicar o organismo", reforça a nutróloga Tamara.


Sementes: Alguns alimentos são mais bem aproveitados pelo corpo quando consumidos crus. Esse é o caso de muitas sementes, e a chia é uma das mais conhecidas. "Ela é cheia de proteína e cálcio, e tem muito ômega-3, que protege o coração", explica a nutróloga. Este último é muito importante para os vegetarianos, já que não consomem peixe, uma das maiores fontes de ômega-3 na natureza. Além desses nutrientes, a chia também possui gorduras com ação anti-inflamatória.


Sementes de abóbora e girassol, amêndoas e pistache, além de conhecidas fontes de gordura, ajudam a incluir proteínas na dieta vegetariana. Elas também são muito ricas em potássio e magnésio, mas preste atenção: nada de consumi-las na versão industrializada e cheia de sal. Nesse formato ela tem muito sódio e, consumida em excesso, pode favorecer a hipertensão.

(com informações do site Minha Vida e Caras)


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