Blefaroespasmo é uma contração repetitiva e involuntária dos músculos orbiculares do olho. O blefaroespasmo primário não tem causa ocular aparente e o blefaroespasmo secundário pode ser devido a uma patologia neurológica, como distonia; ou ocular, como conjuntivite, blefarite, olho seco, ceratite; alterações de pálpebras, como entórpio ou ectrópio.
Outros fatores importantes na etiologia do blefaroespasmo são o estresse, cansaço físico, excesso da cafeína e traumas psicológicos. Há casos em que os tremores são intensos e ininterruptos, deixando a pálpebra contraída por longos períodos, causando a cegueira funcional, o que impossibilita a realização de atividades diárias como caminhar, dirigir ou trabalhar.
Para o diagnóstico é necessário uma avaliação oftalmológica completa. Assim, verifica-se se é um blefaroespasmo primário ou essencial ou se é secundário. O tratamento do blefaroespasmo essencial é realizado com aplicação da toxina botulínica na região, amenizando as contrações, sendo necessário reaplicar em 4 a 6 meses. O blefaroespasmo secundário a uma patologia ocular ou neurológica deve ser tratado eliminando-se as causas. O uso de relaxantes musculares, drogas que atuam em neurotransmissores, colírios, além de ansiolíticos e antidepressivos podem ser úteis.
Fabiane Kikuchi Fujii - oftalmologista