É fundamental que os métodos contraceptivos, como a pílula, sejam adequadamente utilizados pelas pacientes que necessitem usar outras medicações.
A interferência de medicamentos sobre a ação da pílula pode ocorrer por vários motivos, como dificultar a absorção da pílula pelo trato gastrointestinal (laxantes), reagir quimicamente com seus componentes (antibióticos), modificar o metabolismo (acelerando a eliminação da substância do organismo). Dentre os medicamentos que mais interferem na ação dos contraceptivos hormonais estão aqueles para o tratamento de condições neurológicas e psiquiátricas, como a epilepsia ou as convulsões.
Mas mesmo os antibióticos podem comprometer a sua ação. Portanto, as usuárias de pílula - especialmente as que utilizam medicamentos de forma crônica - devem sempre questionar seus médicos sobre possíveis interferências, inclusive para adaptar a contracepção às suas necessidades. Atualmente, muitos medicamentos de uso neurológico têm sido utilizados no tratamento da obesidade e podem interferir na eficácia das pílulas anticoncepcionais.
Eduardo da Motta, ginecologista (São Paulo)