Amnésia é a perda da memória num período circunscrito do tempo ou para certas experiências, geralmente sem perda da orientação e identidade pessoal. O indivíduo permanece consciente, alerta, reconhece seus familiares e até executa atos complexos. As causas mais frequentes são: trauma de crânio, epilepsia, intoxicações, isquemias cerebrais, enxaqueca, febre, hipoglicemia e psicogênica. No trauma de crânio a amnésia pode ter duração de poucos minutos até vários dias, depende da intensidade do trauma. Geralmente a pessoa tem amnésia permanente para um período do tempo, uma lacuna do tempo se apaga.
Nas várias formas de epilepsia o paciente não irá se recordar das crises. A intoxicação mais frequente capaz de provocar amnésia é a alcoólica aguda. Exemplos podem ser vistos nas pessoas que abusam da bebida, executam tarefas como tomar uma refeição e em seguida vão dormir. Ao acordarem não se recordam de qualquer ato feito durante o período de intoxicação.
O termo amnésia global transitória é utilizado para o início abrupto de desorientação devido perda da memória recente e imediata, não retendo novas informações, permanecendo alerta e consciente. Geralmente estas pessoas têm mais de 50 anos, a duração é de 2 até 12 horas e durante este período a pessoa repete perguntas a todo instante: onde nós vamos? O que está acontecendo? A causa pode ser isquemia cerebral transitória, fenômenos epilépticos, ou ainda certas formas de enxaqueca.
Existe também a psicogênica que ocorre na histeria, geralmente segue a um trauma emocional e pode durar até vários dias. São consideradas estado de fuga.
Carlos Boer - neurologista (Londrina)