Quem nunca começou uma dieta que prometia queimar 10 quilos em apenas uma semana? Agora me responda, resolveu seus problemas de sobrepeso? Deixe-me adivinhar: não!
Mesmo assim, somos muito otimistas, continuamos tentado e na maioria das vezes saímos fracassados.
A psicóloga Janet Polivy, da Universidade de Toronto, é especializada no estudo de distúrbios alimentares e vem pesquisando o que ela chama de "síndrome da falsa esperança".
Ela descobriu que as pessoas estabelecem metas pouco realistas, que invariavelmente não conseguirão atingir. E isso as deixa mais infelizes consigo mesmas.
Alguns dos jovens que foram estudados por Polivy contam terem tentado fazer mudanças em seu estilo de vida por dez anos seguidos, sem sucesso. Mas, a cada ano, eles estavam convictos de que daquela vez a nova tática iria funcionar.
Muitos relataram ter começado 15 novas dietas por ano. Eles não apenas se sentiam otimistas em relação às chances de sucesso como também em relação às diferenças que os quilos perdidos fariam em suas vidas.
Eles acreditavam que encontrariam um novo parceiro, conseguiriam um emprego melhor ou teriam notas melhores. Mas mesmo aqueles que conseguiram perder bastante peso se mostraram decepcionados pela maneira como sua vida não melhorou.
Objetivos realistas
Muitas vezes, os objetivos que estabelecemos para nós mesmos são simplesmente desafiadores demais. Polivy descobriu que se uma pessoa determinara que iria à academia duas vezes por semana, mas às vezes acabava indo apenas uma vez por semana, ela se sentia frustrada mesmo que isso fosse melhor do que o sedentarismo total de antes. Para essas pessoas, fazer exercícios uma vez por semana não representava uma melhora, mas sim um sinal de fracasso.
Quando, para testar suas teorias, a psicóloga criou um programa de perda de peso mais realista, descobriu que muitos voluntários conseguiram emagrecer e ficaram mais satisfeitos com os resultados.
Um dos motivos pelo qual é difícil seguir uma dieta é o sabor de alimentos com alto teor de açúcar e gorduras. Somos atraídos por essas comidas há milhares de anos, quando não sabíamos se no futuro elas ainda estariam ali. Mas hoje, em muitas partes do mundo, elas estão disponíveis a qualquer momento.
(com informações do site BBC)