O principal fator de risco para o desenvolvimento de cálculos na vesícula biliar é genético. Outros fatores de risco são: obesidade, emagrecimento rápido, uso de anticoncepcionais orais e estrógenos pós menopausa, anemias hemolítica, hiperlidemias, cirrose hepática. É mais frequente no sexo feminino, principalmente após os 45 anos de idade - sendo que quanto maior o número de filhos, maior a incidência.
O tratamento definitivo e curativo é quase sempre a colecistectomia (retirada da vesicula biliar e dos cálculos). Esta cirurgia é atualmente realizada por videolaparoscopia, método que permite que a cirurgia seja feita através de pequenas incisões (0,5 a 1,0 cm). Por ser minimamente invasiva é menor a dor e desconforto pós-operatórios. A completa recuperação e retorno às atividades profissionais é mais rápida.
O ácido urosdesoxicólico, medicamento via oral, pode ser usado em casos selecionados na tentativa de dissolução dos cálculos. Mas a eficácia é baixa (em torno de 30%), o tratamento é longo (6-12 meses), custoso e o índice de recidiva é alto após a suspensão de tratamento.
Ricardo Kaoru Nakamura - gastroenterologista (Londrina)