As otites são infecções e inflamações do ouvido. Geralmente as águas que não são tratadas oferecem mais risco de ocorrência de otite, por isso, é menos comum que essas infecções tenham origem nas piscinas. A água do mar ou de rio geralmente é a grande vilã, por apresentar fungos e bactérias que causam o problema.
A doença leva em média de três a dez dias para se manifestar. O ambiente úmido, escuro e quente do ouvido favorece a proliferação de fungos, levando à infecção. Dor, coceira, secreção, tontura, zumbido e diminuição da audição são os principais sintomas que podem indicar uma inflamação ou infecção do ouvido.
O tipo de otite de maior incidência na estação mais quente do ano, o verão, é a externa. Esta otite atinge o canal do ouvido, mas não chega a agredir o órgão. Já a otite interna incide mais no inverno, em decorrência de gripes e resfriados, e agride mais o ouvido.
Para prevenir a otite externa, deve-se evitar longos períodos na água e sempre secar bem os ouvidos. A melhor maneira é inclinar a cabeça e usar uma toalha macia. O cotonete deve ser usado com cuidado, apenas na parte externa da orelha. Isso porque a haste do cotonete pode machucar o ouvido, tirar a cera protetora e até mesmo perfurar o tímpano.
Para quem tem imunidade mais baixa ou problemas frequentes de infecção auditiva, outras medidas preventivas podem ser necessárias, como usar tampão de silicone. Procurar um otorrinolaringologista sempre que notar algum dos sintomas citados acima é a melhor forma de prevenir problemas de ouvido.
Maurício Kulka, médico otorrinolaringologista (Curitiba)