Tire suas Dúvidas

O que pode desencader a esquizofrenia?

09 fev 2011 às 15:20

A esquizofrenia é uma doença mental que atinge cerca de 1% da população mundial e 1,4 milhão da população brasileira. Alguns dos sintomas que podem estar presentes são alucinações, delírios e transtornos do pensamento. As alucinações costumam ser auditivas (na forma de vozes que se ouve falando da pessoa e na terceira pessoa).

O conteúdo dos delírios pode incluir temas variados como: perseguição, ser controlado por outros, ideias de referência, ideias somáticas, religiosas ou grandiosas. Outros tipos de sintomas também podem estar presentes, como a redução ou perda do funcionamento normal (restrições das emoções e na produtividade do pensamento).


O diagnóstico demanda cuidado e atenção, uma vez que a doença possui variações e tipos diferentes. Por isso é preciso estar atento àquelas que podem ''imitar'' a esquizofrenia, as quais indicam outros tratamentos. O diagnóstico efetivo pode ser realizado apenas por profissionais aptos e experientes.


Diferente do que muitos acreditam, pessoas com esquizofrenia não são pessoas loucas e, tão pouco, incapazes. Pelo contrário, são inteligentes e muito hábeis na maioria das vezes. O que pode desencadear a doença é como o ambiente daquela pessoa se apresenta. Além de haver sua carga genética a doença só se manifesta por estimulação do ambiente, geralmente, situações estressoras intensas e contínuas (ambiente familiar conflituoso, exigências constantes, falta de apoio entre outros.)


O portador de esquizofrenia deve ficar atento em períodos estressores, ou em momentos em que identifica dificuldade para lidar com situações com elevada carga emocional, acontecimentos imprevisíveis, situações de pressão e exigências, etc. E aprender os ''sinais do organismo'', como confusão de ideias, sensação de incapacidade, insegurança, o que indica o início de uma eventual crise.


Uma vez desencadeada a doença, em grande parte, é possível que a vida volte ao normal e se torne mais estável com acompanhamento médico e psicológico. O tratamento farmacológico vai estabilizar as questões orgânicas e o tratamento psicológico vai ajudar a reorganizar a vida da pessoa.

Cristina Tiemi Okamoto - psicoterapeuta comportamental (Londrina)


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