Transtorno Desafiador Opositivo é um padrão de comportamento descrito pelo Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM - IV). Os comportamentos mais frequentemente observados são: desobedecer a regras; resistir a se comprometer, ceder ou fazer negociações; perder a paciência facilmente; discutir com adultos e apresentar hostilidade com pessoas de autoridade; responsabilizar terceiros por seus erros; emitir comportamentos de raiva e vingar-se.
Estes comportamentos trazem prejuízos significativos nas áreas sociais e acadêmicas, além de estarem associados a baixa autoestima, instabilidade do humor, baixa tolerância à frustração, blasfêmias e uso precoce de álcool, tabaco ou drogas ilícitas. Estes comportamentos tipicamente classificados como TDO começam a ser apresentados, em geral, antes dos oito anos de idade e de maneira semelhante em meninos e meninas.
Se comportamentos alternativos não forem ensinados, a frequência e a intensidade de comportamentos de oposição tende a aumentar com a idade e evoluir para quadros ainda mais graves como Transtorno de Conduta, que inclui agressão a pessoas ou animais, destruição de propriedades ou um padrão de furto ou defraudação. O TDO é mais prevalente em famílias que utilizam práticas rígidas, inconsistentes ou negligentes na criação dos filhos. Dessa forma, a orientação de pais e/ou cuidadores tem sido considerada uma importante modalidade de intervenção, que tem mostrado efeitos satisfatórios no tratamento e na prevenção de problemas de comportamento.
Algumas pesquisas apontam que intervenções que se pautam exclusivamente na orientação dos cuidadores quanto ao uso de alternativas na educação das crianças, tem como efeito o aumento da freqência de comportamentos pró-sociais das crianças e melhora na qualidade das interações familiares.
Annie Wielewicki - psicóloga (Londrina)