Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a reabilitação cardíaca é a somatória das atividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de doenças relacionadas ao coração as melhores condições física, mental e social, com ênfase na prática do exercício físico, acompanhada de mudanças no estilo de vida.
Essa prática regular de exercícios, orientada por profissionais especializados, está associada à redução de 20% a 30% nas taxas de mortalidade quando comparada aos cuidados usuais, como o uso de medicamentos.
A reabilitação cardíaca é indicada para quem já tem a doença instalada, como as doenças arteriais, valvopatias, pós-operatório de cirurgia cardíaca, insuficiência cardíaca, marcapasso, transplante, e também para aqueles que apresentam um ou mais fatores de risco para desenvolver a doença, como os hipertensos, os obesos, sedentários, diabéticos, tabagistas, entre outros.
Enquanto os exercícios físicos estiverem sendo feitos regularmente, os benefícios estarão presentes em todo o nosso corpo, melhorando toda a nossa capacidade funcional, reduzindo, assim, a pressão arterial, o peso corporal, o nível de estresse, o triglicérides, o colesterol LDL (colesterol ruim), diminuindo o desenvolvimento do diabetes mellitus e aumentando, por sua vez, o HDL (colesterol bom), a força muscular e a vitalidade.
Essas adaptações, no entanto, podem ser perdidas caso o treinamento físico seja interrompido. Portanto, os programas de reabilitação cardíaca, quando adequados, são seguros e muito efetivos, devendo ser oferecidos a todos os pacientes.
Maria Fernanda G. Rocha, fisioterapeuta especializada em reabilitação cardíaca