Prostatite, como o nome diz, é a infecção da próstata, que é uma glândula localizada na base da bexiga e tem como função, na ejaculação, encaminhar o sêmem através da uretra. A próstata tem como peso normal até 20 gramas e vai aumentando de tamanho durante a vida do homem. Homens entre 20 e 50 anos podem apresentar um quadro infeccioso da próstata, que se chama prostatite aguda e crônica.
Essa infecção se adquire através da atidade sexual, mesmo em relacionamentos em que a parceira não tem uma doença sexualmente transmissível. Isso porque as mulheres apresentam uma ampla flora vaginal e algumas dessas bactérias podem chegar à próstata e causar a infecção.
Na prostatite aguda, o homem sente muita ardência miccional, polaciuria (quando urina várias vezes com sensação de bexiga cheia), febre alta, chegando até bacteremia, urina com mal cheiro e hematuria (urina com sangue), como também a prostração e cansaço pelo quadro infeccioso. Na prostatite crônica, o homem sente os mesmos sintomas, mas com menos intensidade, e pode apresentar elevação do PSA.
O diagnóstico é feito através de exames de urina e espermograma associado a cultura e antibiograma, sendo necessária também a inclusão do hemograma para a confirmação do quadro infeccioso.
O tratamento é feito com antibióticos orais ou injetáveis, na maioria das vezes através de atendimento no próprio consultório do urologista, mas se o quadro for muito intenso haverá necessidade de internamento até a melhora do quadro infeccioso. O uso de antibióticos deverá ser feito por um período superior ao de uma infecção urinária, que normalmente é de três a sete dias. Nesse caso de prostatite, poderá ultrapassar 30 dias.
O controle de cura da prostatite é feito através do quadro clínico de melhora do paciente, associado ao espermograma e cultura até que chegue aos parâmetros normais e cultura negativa. Normalmente entre três e cinco dias a melhora clínica é muito importante e o paciente já não tem mais os sintomas.
José Renato Monteiro Fabretti, urologista