O Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) é descrito pelo Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV) como um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por uma reação de medo intenso, impotência ou horror quando o indivíduo vivencia ou testemunha um ou mais eventos que ameacem a sua integridade ou a vida. Pode ocorrer em qualquer idade.
O diagnóstico é feito quando, em consequência à exposição ao acontecimento traumático, são observadas alterações importantes de comportamento, como agitação, irritabilidade, inibição ou desinibição aumentada, alerta constante diante de situações que não representam perigo (hipervigilância), pensamentos obsessivos com conteúdo relacionado à vivência traumática (flashbacks), dificuldades de concentração, perturbações do sono (insônia, pesadelos) e esquiva/distanciamento emocional de situações e/ou estímulos associados ao evento traumático.
Essas reações trazem prejuízos significativos, fazendo com que a pessoa evite situações sociais, tenha dificuldades nos estudos ou trabalho. Além disso, há a possibilidade de tais comportamentos se relacionarem a outro transtorno psíquico, como a depressão e a síndrome do pânico, ou se associarem ao abuso de substâncias químicas, como álcool, tabaco e/ou drogas ilícitas.
A demora pela busca de um tratamento especializado pode agravar os sintomas do TEPT e aumentar a ocorrência de transtornos relacionados. O uso de medicamentos pode controlar a evolução dos sintomas e, quando aliado a psicoterapia, produz melhoras significativas.
Cíntia Barbizan - psicóloga (Londrina)