Há evidências científicas que confirmam que a atividade física aeróbica propicia a todas as pessoas uma redução de eventos cardiovasculares. A intensidade da atividade física é que gera alguma polêmica. Quanto mais, melhor? Não é bem assim.
A atividade muito intensa só é justificada para os desportistas competitivos, que necessitam de treinamento para manter uma alta performance, assim mesmo com programas elaborados por fisiologistas e com prévia avaliação cardiovascular.
Não devem fazer atividade física muito intensa pacientes com hipertensão arterial, infarto prévio, aqueles submetidos a procedimentos de revascularização do miocárdio cirúrgica ou por angioplastia, portadores de arritmia cardíaca, doenças do músculo cardíaco (hipertrofia ou miocardiopatia dilatada).
O importante é seguir a recomendação do seu médico, fazer avaliações periódicas (pelo menos anual) e não exceder a sua capacidade. A atividade física moderada e constante é a mais recomendada em todas as idades.
Pessoas acima de 60 anos devem sempre fazer exercícios programados pelo seu médico, após criteriosa avaliação. Isso não quer dizer que pessoas saudáveis e já com bom condicionamento físico não possam correr. Há muitas pessoas com mais de 70 anos de idade que praticam corrida, mas sempre com supervisão médica.
A prática do exercício é fundamental, não só para o coração, como também para o sistema músculo-esquelético, e principalmente para a mente. A produção de endorfinas que ela desencadeia é o melhor remédio para afastar a depressão. Movimentar-se é o melhor remédio, sempre.
Walace Aquino, cardiologista