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O que é aneurisma e como detectá-lo?

Redação Bonde
23 jan 2012 às 15:28
- Divulgação
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O aneurisma de aorta é uma doença potencialmente fatal, no entanto, é de fácil detecção, o que permite que seja descoberta logo na fase inicial. A artéria aorta é o principal vaso condutor de sangue do corpo humano. Ela tem início no coração indo até a altura do umbigo, onde se divide levando sangue para as pernas através das artérias ilíacas.

O aneurisma é toda dilatação acentuada de um vaso sanguíneo, é mais comum na aorta e principalmente na porção abdominal. As estatísticas nos Estados Unidos demonstram que a cada cinco aneurismas na aorta abdominal uma rompe.

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A mortalidade quando ocorre rotura ultrapassa os 90% e quando diagnosticado e tratado fica entre 5% e 10%. Calcula-se em torno de 4 mil e 500 mortes ao ano nos EUA, sendo a terceira causa de morte súbita em homens acima do 60 anos. Com uma incidência em torno de 3% da população geral, é cinco vezes mais frequente em homens. Sendo mais comum em tabagistas, hipertensos e pode elevar a incidência a 20% em parentes de primeiro grau.

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Cresce cada vez mais a importância do diagnóstico precoce, que normalmente
aparece em exames para outros fins como Ultrassonografias abdominais. Dificilmente sintomas clínicos são detectáveis, o que se pode notar é uma "massa pulsátil" na barriga ou quando há rompimento surgem fortes dores no abdômen, flanco ou virilha.

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Quando feito o diagnosticado é necessário iniciar o tratamento. Já as indicações de cirurgia variam de paciente para paciente e do serviço médico que irá realizá-lo. Normalmente a intervenção cirúrgica acontece naqueles aneurismas que estão com um diâmetro acima de 5 cm (4,5 a 5,5cm) ou os que apresentam um crescimento acima de 1cm ao ano. Os menores enquadram-se no tratamento clínico, emagrecimento, controle rigoroso da pressão arterial, melhora da qualidade de vida (diminuição do stress), abandono do cigarro etc. O acompanhamento do tamanho é fundamental para o sucesso do tratamento.


Entre o tratamento cirúrgico há, basicamente, duas opções; o minimamente invasivo (endovascular) e a cirurgia "convencional". O início do tratamento com endoprótese foi descrito pelo Dr. Parodi nos anos 90, e como novidade causou muita discórdia na época. Hoje já é uma opção de tratamento consagrada, que quando bem indicada pode superar até mesmo a técnica convencional. Muitos cirurgiões tiveram que voltar atrás e admitir a novidade.


O envelhecimento da população faz com que o sistema de saúde se depare cada vez mais com esta doença. Basicamente não podemos nos esquecer de incluir a avaliação da aorta abdominal nos exames de rotina. Principalmente em homens acima dos 60 anos e aparentados.

Dr. Alexandre Trevisan - Diretor Médico do Banco de Cordão Umbilical e integrante da Associação Brasileira de Terapia Celular


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