Os peixes são alimentos perecíveis e sensíveis às bactérias, portanto, oferecem um alto risco se consumidos crus por mulheres grávidas. Se contaminados, podem gerar quadros clínicos de intoxicação em até menos de uma hora, provocando diarréia, náuseas, vômitos, cólicas e câimbras abdominais.
Por isso, prefira preparações cozidas, assadas ou grelhadas e observe as condições de armazenamento do alimento e do estabelecimento, se há carimbo da vigilância sanitária e data de validade, se o local de armazenamento está realmente com baixas temperaturas, se as condições de higiene estão adequadas.
Os peixes são considerados alimentos funcionais - possuem funções nutricionais, fisiológicas e terapêuticas, podendo atuar na prevenção de determinadas doenças. Entre os principais componentes, destacam-se os ácidos graxos ômega-3, os quais reduzem o risco de formação de coágulos e ajudam a impedir a acumulação de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, ajudam a aliviar as dores e o inchaço subjacente à artrite reumatóide, bem como os sintomas de um ataque de psoríase, reduz o nível de colesterol e triglicerídeos na corrente sanguínea. Entre os peixes que fornecem este ácido estão os salmões, atum, arenque, cavala, sardinha e bacalhau. O peixe constitui uma ótima fonte de proteína, iodo, vitaminas e minerais.
Recomenda-se substituir a carne vermelha pela de peixe de uma a duas vezes por semana. É um excelente alimento principalmente para crianças, grávidas e mães em período de amamentação, pois sua proteína é assimilada com mais facilidade que a de outras carnes.
Gisele G. Centenaro, nutricionista