Há vários recursos fisioterapêuticos que podem ser usados para prevenir e até combater a incontinência urinária. Uma forma de detectar com precisão o problema é fazer um estudo urodinâmico para que as chances de erro no diagnóstico sejam reduzidas.
Existem três tipos de incontinência urinária. A Incontinência Urinária de Esforço é aquela que ocorre sempre paralelamente ao esforço (corrida, caminhada, riso, tosse, levantamento de carga, entre outros), e nunca é independente dele. A Incontinência Urinária de Urgência é caracterizada pelo desencadeamento inesperado de um reflexo miccional. A pessoa fica com vontade de fazer xixi, mas quando consegue de fato fazer, percebe que a bexiga não estava tão cheia assim. Neste tipo, se o esfíncter conseguir resistir, não haverá incontinência (perda), mas urgência. Caso contrário, haverá perda. A Incontinência Urinária Mista é a combinação das duas formas anteriores.
A fisioterapia pode atuar nos três tipos de incontinência. A avaliação funcional do assoalho (AFA) pélvico é de fundamental importância para a determinação de quais recursos serão usados no tratamento de cada paciente.
Usualmente costuma-se indicar o tratamento fisioterapêutico a pacientes com AFA superior a 1. Porém deve-se levar em consideração que muitas vezes o AFA baixo é em função do desconhecimento desta musculatura de assoalho pélvico, que precisa ser fortalecido.
Dentre os recursos utilizados pela fisioterapia estão a eletroestimulação, biofeedback, cinesioterapia, cones vaginais e massagem perineal. É importante ressaltar que o trabalho da fisioterapia não é apenas no âmbito curativo, mas também no preventivo. Mesmo nos casos em que se faz necessária uma intervenção cirúrgica, é de grande importância o trabalho de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, garantindo assim o sucesso da cirurgia a longo prazo.
Larissa Gregório, fisioterapeuta