Conjunto de sinais e sintomas, a fibromialgia tem causa desconhecida e é caracterizada por dores generalizadas por todo o corpo, interferindo de forma muito importante na qualidade de vida de quem convive com a doença. Por ter sintomas similares a de outras doenças e não poder ser atestada em exames médicos comuns, como sangue, urina ou imagem, gera muita demora para o fechamento do diagnóstico, caso o paciente não seja analisado por um especialista em dor, preferencialmente um reumatologista. Justamente por isso, muitos desses pacientes são desacreditados com o próprio quadro de dor, relatando sofrer com uma doença invisível e altamente incapacitante.
Como explica o neurocirurgião especialista em dor e doutor pela Unifesp Dr. Claudio Fernandes Corrêa, a fibromialgia acomete predominantemente o sexo feminino (cerca de nove mulheres para cada homem), causando dor generalizada por todo o corpo, além de fadiga logo ao acordar, inchaço, indisposição, distúrbio do sono e depressão. "As queixas de dor se caracterizam como pontada e queimação de forma mais prevalente em costas, peitos, nuca, região cervical, pélvica e pernas, que se intensificam com mudanças climáticas e emocionais. "O diagnostico é geralmente concluído pela confirmação de pelo menos 11 pontos dolorosos de 18 testados, somado aos demais sintomas relacionados ao distúrbio do sono e depressão.", declara Claudio.
Justamente por não ter causa conhecida, a doença não tem cura e por isso requer controle constante com tratamento multiprofissional e multidisciplinar.
Tratamento
Diversas pesquisas e estudos de grupo com pacientes fibromiálgicos revelam que medicamento, condicionamento físico e apoio psicológico consiste no melhor tratamento e controle da doença.
Em casos extremos, onde as terapias convencionais não são suficientes para o alívio das crises de dor, podem ser indicados procedimentos minimamente invasivos, como inserção de bomba de morfina acionada eletronicamente pelo paciente.
Como mensagem final, o médico ressalta a importância de apoio familiar para os fibromialgicos, visto que os fatores emocionais desencadeados pela doença acabam por aumentar suas crises e vice-versa, potencializando o quadro de sofrimento e isolamento.