A fobia normalmente se manifesta através de medos específicos, como os de aranha, rato, baratas, elevador, altura, sangue, agulhas, e ocorre até em 5% a 10% da população, especialmente na feminina.
Normalmente, estas fobias citadas não trazem muita limitação à qualidade de vida quando comparada a uma fobia específica, a chamada de fobia social. Ela pode atingir até 3% da população e os homens são bastante acometidos. A fobia social pode ter raízes profundas, que parecem ligadas à infância ou ao início da vida adulta, podendo assim se cronificar até a terceira idade.
Normalmente, é acompanhada de sintomas que chamamos de funcionais, como taquicardia, tremor, suor frio, diarreia, mal-estar generalizado e medo extremo de enfrentar situações, que podem ser consideradas embaraçosas ou humilhantes, em certos contextos sociais. A sensação de ter que se submeter a um evento social específico torna-se um martírio. Traz uma intensa sensação de impotência para toda a vida, caso não venha a ser diagnosticada e tratada o mais precoce possível. Pode vir, ainda, associada a outras doenças psíquicas.
Ter que vencer o objeto do medo traz uma intensa ansiedade ou sensação de pânico, e o pior de tudo isso é que a pessoa que sofre tem a consciência do seu medo irracional ou descabido.
Jose Cervantes Loli - endocrinologista (Apucarana)