A osteoporose e a artrose são consideradas, na ortopedia, patologias crônicas, isto é, de origens e evoluções longas e, portanto, de tratamento também prolongado. Já a artrite é um processo inflamatório articular agudo, que cursa com dor e limitação, e exige uma abordagem mais incisiva.
Como causam alterações de estrutura óssea e articular, podem transcorrer com deformidades no esqueleto, que interferem na biomecânica e cinesiologia da pessoa, e necessitam de outras abordagens além dos medicamentos.
O suporte multidisciplinar como a Medicina Física, a Fisioterapia e exercícios terapêuticos interferem positivamente na melhora do quadro. A ortopedia atua na fase incial, com abordagem clínica. Mas dependendo dos estágios das patologias é necessário o uso de órteses, correções cirúrgicas de deformidades ou até mesmo cirurgias de substituição da articulação por meio de próteses, com o objetivo de recuperar a função do segmento afetado.
Observa-se que tem aumentado a incidência dessas e de outras patologias crônicas, proporcionalmente à sobrevida maior dos brasileiros. Estima-se que seremos cerca de 60 milhões de idosos em 2020, e também um dos países que mais envelhecerá na próxima década.
A ortopedia e outras áreas da medicina têm evoluído muito no cuidado dos pacientes da terceira idade, visando proporcionar melhor qualidade de vida a essa faixa da população.
Procure se informar mais sobre as patologias citadas, e tenha uma atitude positiva e ativa, acatando as orientações médicas e dos profissionais que o atendem. Sobretudo, evite as terapias empíricas e sem base científica.
Áureo S. Cinagawa, ortopedista e titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte