Sim, existem. A respiração é um dos atos mais importantes da nossa vida e se modifica no ritmo e na profundidade, de acordo com nosso estado mental, emocional e físico. Na inquietude mental e emocional observa-se a respiração acelerada e superficial e nos estados tranquilos ela torna-se lenta e profunda. Portanto, por meio de exercícios respiratórios podemos controlar a respiração, tornado-a lenta e ritmada, induzindo-nos à tranquilidade, à paz e ao equilíbrio emocional, além de manter a mente alerta e o corpo mais disposto.
O mais indicado no caso de estresse é manter uma respiração profunda, distendendo o abdome na inspiração e contraindo na expiração, ventilando bem o pulmão. Outros exercícios respiratórios, em especial os que derivam da yoga, chamados de ''pranayamas'', contribuem muito para o controle da respiração e diminuição do estresse, além de proporcionar equilíbrio dos músculos da respiração e de todo o corpo. São exercícios para normalizar o ritmo respiratório, energizar o corpo, distribuir a energia captada pela respiração, diminuir a ansiedade e promover equilíbrio emocional e mental.
Devido a um momento breve de estresse o nosso ritmo respiratório pode se alterar, tornando a respiração curta e rápida, como quando levamos um susto. O corpo vai se equilibrando e se acalmando conforme respiramos profundamente. Agora, se falamos de um estresse prolongado, causado pela vida agitada e cheia de tensões, a respiração pode estar alterada por um período longo, algumas vezes por vários anos. Este estresse prolongado pode comprometer a função dos grupos musculares responsáveis pela respiração.
O diafragma e os músculos intercostais podem se tornar contraturados e pouco funcionais, dificultando a respiração profunda e sobrecarregando os músculos acessórios da respiração. Estes são os músculos do pescoço e do ombro, e no caso de estresse esta sobrecarga pode causar dor nessa região, com pontos gatilhos, os famosos ''nós'' na musculatura, e até mesmo alterar a postura e comprometer a coluna vertebral. O ideal, neste caso, é fazer uma avaliação com um fisioterapeuta e iniciar um programa de reeducação respiratória e postural.
Vanessa Horevicht, fisioterapeuta