Tire suas Dúvidas

Conheça mitos e verdades sobre bruxismo

19 mai 2016 às 14:25

O hábito de ranger os dentes, popularmente conhecido como bruxismo, apesar de não ser considerado uma doença, exige tratamento específico. Tratar paliativamente o assunto e não buscar o diagnóstico correto pode agravar ainda mais o problema.

Recente pesquisa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP), da USP, revelou que o bruxismo do sono causa diminuição da atividade elétrica dos músculos mastigatórios. Com isso, a qualidade de vida de quem sofre com o problema também tem significativa piora, já que, com o sono ruim, o número de vezes que a pessoa desperta durante a noite aumenta.


Doutor Alan Henrique Trimboli especialista em cirurgia crânio-maxilo-facial elenca o que é verdade e o que é mito quando o assunto são as causas, sintomas e tratamentos do bruxismo:


Estado emocional pode agravar o problema?
Verdade.
O fator psicológico é o mais determinante. Nervosismo, questões pessoais e/ou profissionais, períodos de muito estresse, podem potencializar o bruxismo.


Adolescentes são os mais afetados pelo problema?
Em partes.
Embora atinja pessoas de todas as idades, o bruxismo é mais comum em pessoas de 15 a 40 anos. Estimativas revelam que cerca de 30 milhões de brasileiros desenvolvem o problema do sono.

Dor de ouvido pode ser confundida com a ‘dor do bruxismo’?
Verdade.
Como o canal auditivo fica próximo das mandíbulas, a dor ocasionada pelo bruxismo pode ser confundida com dor de ouvido. É preciso consultar um médico assim que notar qualquer incômodo na região.

Usar todas as noites a placa interoclusal para não apertar ou ranger os dentes é o único tratamento?
Mito.
É importante que o tratamento envolva diferentes profissionais. A placa de proteção, feita de acrílico e silicone, combate o efeito, não a causa. Avaliação psicológica para identificar a origem do problema, além de medicamentos, como calmantes e relaxantes musculares, também podem ser prescritos por médicos especializados no assunto. Outro ponto muito importante é tratar a dor e a inflamação na vigência do quadro agudo.


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