Trânsito, sol e calor. A trilogia mais conhecida no verão de muitos brasileiros é também a maior vilã da desidratação e intoxicação alimentar entre bebês. O calor faz com que as bactérias presentes nos alimentos se multipliquem mais rapidamente, tornando-se impróprios para o consumo. É preciso ficar de olho às características como cor, odor, textura e aparência, além de sempre verificar a data de validade do alimento.
Para quem pretende enfrentar estradas com os bebês, nada de leite, pois pode azedar. O ideal é levar leite em pó, garrafas de água e sucos industrializados de marcas de boa procedência, conservados em bolsas térmicas. Bebês devem beber cerca de um litro e meio de líquido diariamente, principalmente no verão. Mas nada de água de torneira, pois pode estar contaminada por substâncias tóxicas, bactérias e fungos.
Para complementar a hidratação, frutas com bastante água na composição como melancia e melão são ótimas fontes de vitaminas e minerais. Mas lembre-se de higienizá-las devidamente antes de sair de casa e conservá-las também em bolsas térmicas para preservar os nutrientes. Um bom exemplo são as frutas de cascas grossas que conservam mais fácil durante a viagem como maçã, laranja, mexerica e carambola.
As mães também devem ficar atentas quanto à alimentação nos dias mais quentes. Frituras têm de ser evitadas. Batata frita e hambúrguer e muito refrigerante pode ser prejudicial, já que a aparência do xixi deve ser incolor - quase transparente, e sem odor. A preferência são os alimentos ricos em carboidratos, como macarrão com molho de tomate leve, cereais, arroz e muita salada. O intervalo entre as refeições também deve ser monitorado. O ideal é evitar períodos longos entre as refeições, já que nesta época do ano as crianças gastam mais energia em curto espaço de tempo.
Samantha Christie Enande, nutróloga (São Paulo)