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Como tratar a incontinência urinária?

12 jan 2012 às 15:20

A incontinência, caracterizada pela perda involuntária de urina, é um problema que incomoda muitas pessoas, interferindo na qualidade de vida. Ela causa aborrecimentos e constrangimento social e por isso prejudica o dia-a-dia de quem sofre com o mal. É mais comum em mulheres, mas acomete também os homens.

E apesar da grande maioria das pessoas achar que é uma característica que faz parte da velhice, que é normal com a idade, a incontinência urinária pode ser tratada cirurgicamente, com uso de medicamentos ou com tratamentos fisioterapêuticos. É essencial relatar ao médico essa condição.


Há três tipos de incontinência urinária e podem ser distinguidas em função dos sinais que a pessoa percebe e relata. Porém, o ideal é que seja realizado um estudo urodinâmico para que as chances de erro no diagnóstico sejam reduzidas e o sucesso do tratamento garantido.


A incontinência urinária ‘de esforço’ é aquela que ocorre sempre paralelamente ao esforço (corrida, caminhada, riso, tosse, levantamento de carga etc), nunca independente dele. A incontinência ‘de urgência’ é aquela que gera uma súbita vontade de urinar, seguida pela contração da bexiga e perda da urina. O resultado são micções freqüentes e relativamente descontroladas, mesmo que a bexiga não esteja cheia. E a incontinência ‘mista’ é a combinação das duas formas anteriores - esforço e urgência.


A fisioterapia pode atuar nos três tipos de incontinência descritos acima, fortalecendo a musculatura que sustenta a bexiga e a uretra, além dos músculos do assoalho pélvico. A avaliação funcional do assoalho pélvico (AFA) é de fundamental importância para determinar quais recursos serão utilizados no tratamento de cada paciente. Usualmente, costuma-se indicar o tratamento fisioterapêutico a pacientes com AFA superior a 1. Porém deve-se levar em consideração que muitas vezes o AFA baixo é em função do desconhecimento dessa musculatura de assoalho pélvico.


Dentre os recursos utilizados pela fisioterapia estão: eletroestimulação, biofeedback, cinesioterapia, cones vaginais e massagem perineal. É importante ressaltar que o trabalho da fisioterapia não é apenas no âmbito curativo, mas também no profilático, ou seja, preventivo. Mesmo nos casos onde se faz necessária uma intervenção cirúrgica, é de grande importância o trabalho de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, garantindo assim o sucesso da cirurgia a longo prazo.

Celina Ballarotti, fisioterapeuta em Londrina


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