Asma e bronquite são complicações respiratórias, mas patologias distintas. A asma é uma doença genética com forte componente alérgico, mas tendo sua ocorrência condicionada também pela interação do indivíduo com o meio ambiente.
A bronquite se divide em dois tipos. A bronquite aguda, geralmente causada por vírus e bactérias ou inalação de substâncias irritantes e a bronquite crônica, caracterizada pela tosse produtiva diária por mais de três meses.
De acordo com o Dr. Rodrigo Athanazio, os pacientes devem garantir um bom controle ambiental. "É fundamental a vacinação anual para gripe e pneumonia para evitar infecções pulmonares e consequentemente as crises, além do uso adequado e boa adesão aos medicamentos".
Segundo ele, a falta de uso rotineiro das medicações é a principal causa de não controle adequado da asma. "A bronquite aguda, por geralmente ter uma causa infecciosa, pode ser evitada por meio da higienização adequada das mãos", ressalta.
Os sintomas mais comuns de ambas as doenças é a intensificação da tosse que pode ser acompanhada com produção de catarro, falta de ar e chiado no peito. Segundo Athanazio, "muitos pacientes acordam a noite com falta de ar e chiado, visto que os sintomas da asma tendem a piorar durante a noite.
Todo paciente com asma e bronquite crônica deve ter um plano de ação para o manejo da crise desenvolvido junto ao seu médico". Caso o paciente apresente piora dos sintomas, deve usar um broncodilatador que pode ser administrado tanto por inalação como com auxílio de dispositivos conhecidos como "bombinhas".
Se os sintomas forem intensos ou não melhorarem após a realização das medidas do plano de ação, o paciente deve procurar imediatamente assistência médica no pronto atendimento.
Complicações e tratamentos
A ansiedade pode desencadear uma crise asmática, apesar dos mecanismos ainda não estarem totalmente esclarecidos. Pessoas ansiosas tendem a respirar mais rapidamente, o que pode levar a um processo conhecido como hiperinsuflação pulmonar que está associado à ocorrência de crises. A hiperinsuflação pulmonar ocorre quando o ar entra nos pulmões e tem dificuldade para sair, ficando aprisionado e dificultando a respiração do paciente.
Sobre o uso de umidificadores de ar, não existem estudos que comprovem um benefício claro do uso para pacientes com doença brônquica, principalmente asmáticos. "Quando o ambiente está muito seco, acredita-se que a umidificação do ambiente possa evitar a ocorrência de crises ou pelo menos minimizar a intensidade dos sintomas".
O mais importante é seguir os cuidados de higiene do aparelho. Dr. Athanazio diz que o umidificador pode ser prejudicial para pacientes com asma e bronquite se o aparelho não for limpo e higienizado adequadamente.
"A troca de água no reservatório deve ser constante. Caso essas medidas não sejam realizadas existe a possibilidade de contaminação do aparelho, principalmente por fungos que podem intensificar ainda mais os sintomas de pacientes com asma e bronquite".
Para tratar a asma, são indicados medicamentos para o controle da crise, principalmente corticoides inalatórios e broncodilatadores. Por apresentar um quadro autolimitado, a bronquite aguda pode ser resolvida sem tratamento.
"Entretanto, caso os sintomas sejam duradouros ou intensos, o paciente deve procurar assistência médica para avaliar a necessidade de uso de antibióticos e outros medicamentos para alívio dos sintomas", recomenda o médico.