As infecções de ouvido na infância podem ser de duas regiões distintas do ouvido. As mais comuns ao frequentar a piscina são as otites externas. Apresentam-se com dor local e geralmente pioram com a manipulação digital ou com o cotonete, podendo haver saída de secreção numa fase mais avançada. Grande parte das vezes não evolui com febre, mas com piora intensa da dor se não tratada.
Estas infecções ocorrem externamente ao tímpano, seja pela presença de cerumem em excesso ou pela própria irritação local ou alergias (cloro em excesso, umidade, produtos para cabelos, entre outros).
Prevenção: evitar a manipulação dos ouvidos com cotonetes e outros objetos, como canetas e grampos de cabelo (pode lesar o tímpano se colocados mais profundamente); se a pessoa possui cerumem em excesso, deve procurar um otorrinolaringologista periodicamente para exérese; evitar deixar os ouvidos úmidos após o banho, secar com a ponta da toalha por fora; durante o banho, evite a queda excessiva de produtos nos ouvidos.
Outro tipo de infecção que pode ocorrer é a otite média aguda, que é mais interna pode acometer o tímpano e a caixa timpânica. De forma geral, apresenta-se com dor mais profunda e a febre é mais precoce quando presente. Também pode evoluir com saída de secreção se houver rompimento do tímpano pela infecção.
Ocorre mais frequentemente em crianças com fatores predisponentes como adenóide hipertrófica, rinites, refluxo gastroesofágico, anemia, e aquelas com resistência física baixa. Para evitá-la antes do verão, é importante iniciar acompanhamento médico das patologias de base. Se não for possível, evite 'exageros' como beber água muito gelada, banho muito frio, mergulhar em piscina com água muito gelada.
Procurar manter a rotina alimentar e de sono da criança para que a resistência física não seja afetada.
Claudia Vaz, otorrinolaringologista