A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que toda criança seja alimentada exclusivamente com leite materno até seis meses de idade e, de maneira complementar, até os dois anos, desde que esteja crescendo e se desenvolvendo dentro do padrão esperado. Após este período, faz-se necessária a introdução de novos alimentos, lembrando sempre que deve ser de forma gradativa para identificar possíveis alergias.
1 semana: na primeira semana de introdução de novos alimentos deve-se oferecer, além do leite, sucos de frutas naturais, preferencialmente no período da manhã.
2 semana: na segunda semana, o bebê poderá tomar o suco de frutas de manhã e deve-se acrescentar a papa de frutas na alimentação do período da tarde. A quantidade da porção deve ser definida pela própria criança, ou seja, de acordo com a sua necessidade.
Após as duas semanas de introdução das frutas, pode ser oferecida a papa salgada. Portanto, na terceira semana inicia-se a introdução da papa salgada no almoço e, na quarta semana, no jantar.
Para exemplificar, seguem algumas sugestões:
- Papinha de músculo, abóbora, chuchu e mandioquinha
- Papinha de frango, alface, batata, beterraba e tomate
- Papinha de fubá, carne, brócolis, cenoura e chuchu
- Papinha de gema de ovo, caldo de feijão, batata, cenoura e chuchu
Recomendações: o ovo pode substituir a carne; usar somente a gema a partir dos seis meses e a clara após os nove meses. A papa deve conter de três a quatro alimentos diferentes, pois a mistura de mais sabores confunde a criança, o que interfere na aceitação da papa. O melhor é não repetir a papa durante a semana, para que o bebê conheça mais sabores. Utilizar pequenas quantidades de óleo e sal no preparo dos alimentos. Ensine a criança a gostar de vegetais folhosos. Nas papas salgadas, sempre inclua vegetais folhosos pelo menos 3 vezes por semana.
O ideal é amassar as papas com o garfo. Não use o liquidificador nem a peneira. A papa liquefeita ou peneirada não permite que o bebê conheça os diferentes sabores e a textura dos alimentos, o que pode torná-lo enjoado para comer futuramente.
Beatriz L. V. Ulate, nutricionista