O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade está entre os transtornos de comportamento disruptivo, e é composto de sintomas em três áreas: curto período de atenção, impulsividade e hiperatividade.
O diagnóstico é clínico, ou seja, não existem exames de laboratório que o possam fazer; e pode ser difícil, visto que a hiperatividade é uma característica da infância normal e, por isso, ocorrem discrepâncias na incidência do transtorno em países diferentes como, por exemplo, entre Estados Unidos (10%) e Inglaterra (1%).
É mais comum em meninos do que em meninas, e a causa pode estar relacionada a fatores neurobiológicos, genéticos, neuroquímicos, psicossociais e atraso maturativo na evolução.
São eles: estar frequentemente irriquieto com as mãos ou os pés, ou se contorcendo na cadeira; ter dificuldade de permanecer sentado quando solicitado a fazê-lo; ser facilmente distraído por estímulo exterior; entre outros.
Estes sinais destoam do comportamento das outras crianças e tornam-se desadaptativos na época da alfabetização. O tratamento envolve o uso de medicamentos e psicoterapia. Incrivelmente, as principais drogas indicadas são estimulantes do sistema nervoso central, principalmente o metilfenidato, além de antidepressivos como a imipramina, particularmente útil quando há associação de depressão e ansiedade.
A psicoterapia está indicada e compõe, junto dos pais e professores, um ambiente com estrutura previsível de recompensas e punições, estabelecendo limites claros a serem conquistados. O tratamento normalmente tem bons resultados, com incremento na atenção, e concentração e controle da hiperatividade.
Luiz Paulo Garcia, psiquiatra