Apesar dos grandes avanços tecnológicos no diagnóstico das doenças cardiovasculares e da significativa evolução nos tratamentos, seja farmacológico ou procedimento cirúrgico e hemodinâmico, ainda é muito elevada a sua mortalidade (35% em Londrina), atingindo principalmente pessoas com idade superior a 60 anos. Até a década de 60, as pessoas procuravam o médico para tratar de doenças.
Essa tendência mudou bastante nos últimos anos, quando elas vão ao médico pela saúde. E o que vimos foi a valorização da prevenção das doenças cardiovasculares, como a arterosclerose e o combate aos fatores de risco (fumo, sedentarismo, colesterol, triglicérides, obesidade, diabetes melitus, hipertensão arterial, alcoolismo), tornando cada vez mais importante a prática de exercícios, de uma dieta balanceada, do controle do peso (diminuição da circunferência abdominal), do consumo moderado de bebidas alcoólicas (principalmente o vinho) e a eliminação do tabagismo.
O check-up cardiológico consiste de alguns exames realizados em consultório, além de exames laboratoriais e a avaliação do histórico familiar, do exame clínico e a aferição da pressão arterial. Em homens e mulheres, assintomáticos e sem fatores de risco, a idade para se realizar o check-up é respectivamente 40 e 45 anos de idade.
Na presença de fatores de risco acima citados, histórico familiar de infarto (principalmente, se ocorrerem antes dos 50 anos), de arritmias cardíacas e de morte súbita, o exame preventivo está indicado sempre independente da idade. É obrigação também dos médicos, principalmente, os cardiologistas a indicação do exame cardiológico e laboratorial aos familiares em primeiro grau, quando procederem o atendimento de um paciente com quadro agudo de infarto ou angina de peito.
Luiz Carlos Miguita, Cardiologista de Londrina