Os estudos com células-tronco vêm crescendo cada vez mais no mundo inteiro.
Hoje, já são mais de 80 doenças que podem ser tratadas ou curadas com a ajuda delas, e mais de 200 estão sendo pesquisadas. Pode-se retirar células-tronco da medula, da gordura, da poupa dentária e do cordão umbilical. Mas qual é a diferença entre elas?
Apesar de muitos pensarem que são células embrionárias, as células-tronco encontradas no cordão umbilical são células adultas, ou seja, elas possuem a mesma capacidade daquelas encontradas na medula óssea para se multiplicar e se transformar em qualquer tecido do corpo, como: sangue, ossos, nervos, músculos, entre outros.
Entretanto, por serem consideradas virgens, são mais eficazes na hora do tratamento, pois nunca receberam nenhuma interferência de radiação, medicamentos, diferente do que ocorre nas encontradas na medula óssea, pois possuem a mesma idade de seu doador. Por exemplo: se o doador de medula óssea tem 60 anos, considera-se que suas células-tronco também tem a mesma idade, já que passaram por diversas modificações e não estão tão aptas quanto às encontradas no cordão umbilical para ajudar no tratamento de doenças.
"Para aqueles que querem doar as células-tronco da medula óssea o ideal é fazer isso o mais cedo possível, pois quanto mais jovem for o doador, mais saudáveis serão as suas células e, consequentemente, funcionarão melhor na hora do tratamento, por isso incentivamos as mamães a coletar as células-tronco do cordão umbilical do seu bebê na hora do parto, seja para serem armazenadas em um banco privado, onde estarão disponíveis para o doador, ou para o banco público, onde estarão disponíveis para qualquer pessoa compatível, é neste momento que a coleta não oferece nenhum risco e as células são as mais puras possíveis", diz Dra. Adriana Homem, sócia e médica responsável do BCU Brasil (Banco de Cordão Umbilical).
Para retirar as células-tronco da medula óssea, é necessária uma cirurgia em que se punciona a crista ilíaca.Por ser um procedimento cirúrgico, há alguns riscos. Já para coletar as células-tronco do cordão umbilical é preciso aproveitar o momento do nascimento do bebê, em que retira-se o sangue existente no cordão umbilical antes de se retirar a placenta. Após isso, coleta-se o sangue que sobrou na placenta para aproveitar o máximo de possibilidades de células.
Independentemente do lugar em que as células são encontradas, o importante é doá-las para um banco público ou armazená-las em um banco privado, isto traz esperanças no tratamento de doenças graves, como câncer, linfomas, diabetes, anemias, etc. Além disso, diversas pesquisas já vêm apresentando resultados positivos, principalmente em lesões musculares e ósseas e é certo que, em breve, as células-tronco serão o grande trunfo da medicina regenerativa.