A mais importante função do cálcio é desenvolver e manter a saúde dos ossos e dentes. É mais requisitado em períodos de rápido crescimento e desenvolvimento, incluindo a infância. Além disso, participa da contração dos músculos, da coagulação do sangue, da produção de enzimas, entre outras funções. As necessidades de cálcio aumentam conforme o crescimento infantil e nessa etapa variam de 300 a 500 miligramas por dia.
O leite materno tem quantidades adequadas desse mineral, suficientes para atender as necessidades do bebê até o sexto mês de vida. Além disso, a disponibilidade do mineral, ou seja, quanto dele realmente é absorvido e utilizado pelo organismo, é maior no leite materno do que no leite de vaca, por exemplo.
Após esse período recomenda-se a inclusão de alimentos para complementar o leite materno. Nos casos em que a inclusão de novos alimentos ocorre da forma correta, incluindo, gradativamente, frutas e sucos, legumes, cereais, verduras e proteínas, a alimentação, junto com a amamentação, são suficientes para atender às necessidades de cálcio do bebê.
As principais fontes de cálcio são: vegetais de folhas verde escuras, como brócolis e couve; outros vegetais, como o repolho; alguns cereais, como quinoa e amaranto; gergelim; leite e seus derivados; tofu e feijões secos. A variedade de alimentos é essencial para que a criança receba outros nutrientes, já que muitos são necessários para garantir a absorção do cálcio e sua fixação nos ossos, como por exemplo, o magnésio e a vitamina D, entre outros.
Nos casos em que a alimentação complementar inclui alimentos industrializados e ricos em sódio ou sal (incluindo temperos prontos para o preparo dos alimentos, macarrão instantâneo, biscoitos, etc.), achocolatados e cafeína (café, chá mate, chá preto, refrigerantes à base de cola), é importante ter cuidado, já que esses alimentos atrapalham a absorção do cálcio, fazendo com que ele não seja bem aproveitado pelo corpo, podendo causar deficiência desse mineral.
Isabela Salomão Guimarães - nutricionista (Londrina)