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Doença recorrente

Ardência ao urinar pode ser sinal de infecção?

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
12 dez 2013 às 15:17
- Divulgação
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As brasileiras têm muitas dúvidas em relação à infecção urinária, uma das doenças mais recorrentes entre as mulheres. Segundo o Dr. João Afif Abdo, urologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e chefe do Serviço de Urologia do Hospital Santa Cruz (Vila Mariana-SP), cerca de dois terços delas experimentam, no mínimo, um episódio ao longo da vida, sendo que 23% dessas mulheres têm dois episódios e 5% têm recorrências.

A infecção do trato urinário pode ser causada por fungos, porém a maioria delas é provocada por bactérias que podem se alojar no aparelho urinário. A infecção pode se alojar apenas na bexiga (cistites) ou atingir os rins (pielonefrites). As cistites são mais frequentes e geralmente provocam dor, ao urinar, frequência urinária muito aumentada e às vezes até sangramento às micções. Já as pielonefrites provocam os mesmos sintomas da cistite, porém comprometem o estado geral das pessoas com febre alta mal estar geral e fraqueza. Os microrganismos (bactérias) mais comuns nas infecções do aparelho urinário coexistem normalmente nos intestinos, mas quando entram em contato com o sistema urinário, tornam-se nocivos e causam grande desconforto ao paciente.

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Entre os sintomas da infecção do trato urinário estão: necessidade frequente de urinar acompanhada de dor, modificação na cor da urina, que passa a ser turva ou rosada (pela presença de sangue na urina), e no cheiro, que se intensifica, além de febres e dores na região lombar dependendo da gravidade do caso.

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A doença pode acontecer com os homens também, mas é muito mais frequente nas mulheres. A própria anatomia feminina é uma das causas que facilitam o aparecimento das infecções urinárias nas mulheres. A uretra feminina é bastante curta e desemboca no genital ao lado da vagina. Por outro lado, ela está muito próxima da região anal, área contaminada até mesmo em pessoas com boa higiene, fato este que facilita o aparecimento de infecções ginecológicas e que a partir daí podem contaminar o aparelho urinário.

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Uma curiosidade sobre a doença, é que no inverno, as chances de contrair a infecção aumentam pelo fato de que, em épocas mais frias, as pessoas costumam ingerir menos líquidos e sentem menos necessidade de urinar. O ato de urinar auxilia na limpeza do canal da uretra e, quando isso não acontece, há um aumento da possibilidade de reter bactérias no local. Já no verão, período normalmente de férias, é natural que as mulheres mudem seus hábitos diários, como alimentação e atividades do cotidiano, causando uma oscilação no funcionamento do organismo. Este fato aumenta o risco de contrair a infecção urinária.


Cuidados simples podem ser tomados para evitar o problema. Beber muita água é fundamental, assim como higienizar a região íntima, urinar logo após a relação sexual e tomar cuidado durante uma atividade sexual para evitar a contaminação da área genital com bactérias próximas dali. Não segurar a vontade de ir ao banheiro também é importante. No longo prazo, essa prática pode enfraquecer a bexiga, que passa a não conseguir eliminar totalmente a urina e essa sobra é prejudicial.


O tratamento para as infecções urinárias mais simples é realizado em casa com uso de antibióticos prescritos por um médico. Uma das opções é o cloridrato de ciprofloxacino, que possui uma tecnologia diferenciada e estende a ação do medicamento no organismo por 24 horas. Por isso, deve ser administrado uma vez por dia.

No entanto, em casos mais graves onde as bactérias se espalham para a corrente sanguínea, o paciente pode ter sintomas como queda do estado geral, febre, náuseas e vômitos, e pode ser preciso recorrer à internação para tratamento endovenoso.


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