A quinoa, ou quinua real, como também é conhecida, é um grão nativo dos Andes, cultivado nos altiplanos e vales da Bolívia a quase 4 mil metros de altitude. O quinoa tinha um significado místico e sagrado para os incas e era chamado de ‘segunda mãe’. Muito desta denominação vem do fato de que a maioria das crianças, logo depois de desmamarem, eram alimentadas com o grão.
Apesar de ser consumido pela população andina há mais de 500 anos, a quinoa só teve suas propriedades nutricionais reconhecidas a partir das décadas de 1950 e 1960, e atestadas pouco tempo depois pela Food and Agriculture Organization (FAO), órgão da ONU para a alimentação.
Este grão possui proteína, além de grandes quantidades de vitaminas B1, B2, C e E, além de minerais como magnésio, potássio, ferro, zinco e manganês. O sabor é leve, semelhante à soja, e a cada dia conquista espaço na mesa dos brasileiros. Também é uma importante fonte de fibras.
A quinoa não contém o glúten em sua composição, desta forma as pessoas com intolerância ao glúten, a chamada doença celíaca, também podem desfrutar deste alimento.
Além das proteínas e carboidratos, o grão contém ômega 3 e 6, as chamadas ‘gorduras do bem’, que dificultam e até impedem a deposição de gorduras nas artérias.
Pesquisas recentes indicam que o grão pode agir na prevenção de algumas patologias, tais como osteoporose, doenças do coração e algumas enfermidades femininas relacionadas à falta do hormônio estrogênio, por exemplo.
Como se pode perceber, é um alimento bastante nutritivo. Mas assim como qualquer outro alimento é importante consumi-lo como parte de uma alimentação saudável e balanceada para que seus benefícios sejam aproveitados pelo nosso organismo.
Beatriz L. V. Ulate, nutricionista