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Soja ou aveia?

UEL investiga melhor 'arma' contra o colesterol

Redação Bonde
10 mai 2010 às 09:55

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Pesquisa vai avaliar a resposta do organismo aos alimentos em pacientes que têm colesterol alterado, mas que não usam medicamentos - Reprodução
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Que soja e aveia fazem bem à saúde não há dúvida. Mas, como os alimentos agem conjuntamente na redução do colesterol e no aumento da defesa do organismo contra os radicais livres? Uma pesquisa inédita da Universidade Estadual de Londrina (UEL) pretende responder a estas duas questões. O estudo faz parte das teses de doutorado de Alissana Camargo, farmacêutica bioquímica, docente do departamento de patologia, análises clínicas e toxicologia da UEL, e de Luciana Pereira Lobato, farmacêutica tecnóloga de alimentos.

A ideia, segundo elas, é avaliar a resposta do organismo aos alimentos em pacientes que têm colesterol alterado, mas que não precisam fazer uso de medicamentos. Com base nisso, elas poderão dizer o que é melhor para baixar o colesterol, se a soja ou a aveia, ou se a junção dos dois. Também vão poder avaliar o impacto na proteção contra a oxidação, que se está muito alta tem influência no envelhecimento do organismo e em doenças como as cardiovasculares e câncer. ''Poderá ser uma alternativa à utilização de medicamentos'', avalia Alissana.

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Serão 100 participantes, pacientes que ainda estão sendo selecionados, divididos em quatro grupos: o primeiro receberá apenas soja; o outro, aveia; o terceiro, aveia e soja juntos; e o grupo controle só terá mudança na dieta com redução do consumo de gordura de origem animal. Isso durante 45 dias.

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A nutricionista Clísia Mara Carreira, docente do departamento de farmácia da UEL, é colaboradora dos projetos e é quem vai fazer a avaliação nutricional dos pacientes e selecionar o melhor grupo para cada um participar. ''Isso é feito de acordo com o gosto de cada um, seus horários, hábitos e ritmo de vida. Tem gente que não gosta de soja e fica difícil comer as barras, por exemplo'', explica.
No início do processo, cada paciente terá avaliado, além do colesterol total, o estresse oxidativo, exames que serão repetidos após os 45 dias. E é isso um diferencial importante da pesquisa. ''A avaliação das defesas antioxidantes não é um exame comum, feito rotineiramente, e por isso não há nem valores de referência'', salienta Alissana.

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A seleção dos pacientes, explicam as pesquisadoras, obedece a uma série de critérios de inclusão e de exclusão, avaliados por médicos do Centro do Coração, outro parceria do projeto. Os selecionados, que podem ter idade entre 18 e 60 anos, não podem ser fumantes, fazer terapia de reposição hormonal, estar usando vitaminas, sofrer de hipotiroidismo, estar grávida, ter colesterol acima de 260, sofrer de doenças inflamatórias crônicas, como diabetes, artrite ou artrose, ou estar usando medicamento para reduzir colesterol.


Até o início de abril já havia cerca de 50 pacientes selecionados e participando do estudo. A expectativa é que até o final de junho seja encerrada a coleta de dados e até o final do ano estejam disponíveis os resultados da pesquisa.

Serviço:
Interessados em participar da pesquisa podem passar por triagem no Centro do Coração - (43) 3324-6232 ou (43) 8407-0899


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